Em 12 estações meteorológicas foram batidos recordes de temperatura máxima para um mês de outubro neste domingo, dia 1. Na maior parte dos casos foram ultrapassados máximos de 2017, um ano particularmente intenso em temperaturas e incêndios.
O meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) Pedro Sousa fez uma análise provisória para o Observador que apontava para vários máximos de outubro, mas ainda carecia de confirmação pelo departamento de clima. Essa confirmação chegou horas depois, pela mão de Ricardo Deus, responsável pela divisão de clima e alterações climáticas. Os recordes mais significativos foram registados em Mora (37,3ºC), acima do recorde anterior, de 2017 (36,2ºC), e em Tomar (também 37,3ºC, quando o máximo anterior tinha sido de 36,9ºC, igualmente em 2017).
Ao todo, além de Mora e Tomar, foram batidos recordes em Coruche, Pinhão, Elvas, Rio Maior, Alcobaça, Ansião, Dois Portos, Vila Real, Mogadouro e Vinhais. A esmagadora maioria dos valores agora detetados ultrapassaram máximos de 2017, um ano particularmente quente e propício a incêndios florestais. Além da tragédia de Pedrógão Grande, que aconteceu em junho desse ano, os incêndios de meados de outubro provocaram a morte a 50 pessoas e fizeram cerca de 70 feridos.
A temperatura mais alta de domingo passado, o primeiro dia de outubro, foi, porém, registada em Alvega (Abrantes), com 37,7ºC, mas não se tratou de um recorde naquela localidade (que foi de 38,5ºC num mês de outubro).
Já no mês de setembro “não foi ultrapassado nenhum extremo da temperatura máxima do ar”.
Europa voltou a registar recordes de temperatura em setembro
Veja a tabela do IPMA para o primeiro dia de outubro:
Artigo atualizado esta terça-feira com confirmação e dados adicionais da divisão de clima e alterações climáticas
