O candidato republicano a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Steve Scalise, retirou a candidatura por não ter conseguido apoio dos membros do partido.

Em declarações aos jornalistas no Capitólio, na quinta-feira à noite, o legislador anunciou a decisão, argumentando que “ainda há trabalho a ser feito” para unificar os congressistas republicanos em torno de um candidato para ocupar o cargo de presidente da câmara baixa do Senado norte-americano.

Scalise, que representa o estado do Luisiana, exortou os colegas de partido a porem de lado agendas individuais e trabalharem em prol de um objetivo comum, o de apoiar um candidato ao cargo, na sequência da destituição de Kevin McCarthy, há mais de uma semana. “Todos precisam de pôr as suas agendas de lado e concentrar-se no país, que precisa de nós“, disse o congressista.

EUA. Republicanos do Congresso escolhem Scalise para líder da Câmara de Representantes

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Com a saída de Scalise, que venceu uma votação interna do partido Republicano, na quarta-feira, depois de derrotar Jim Jordan, aumenta a incerteza sobre quem substituirá McCarthy na Câmara.

Os republicanos garantiram a maioria na Câmara nas eleições intercalares de novembro de 2022 e detêm 221 lugares desde janeiro, mais nove do que os democratas, mas o novo líder precisará de 217 votos a favor quando todos os membros do Congresso forem contados.

A presidência da Câmara dos Representantes está a ser exercida interinamente por Patrick McHenry, depois de McCarthy ter sido destituído, a 3 de outubro, na sequência de uma moção contra ele apresentada pelo radical republicano Matt Gaetz, apoiada por 216 deputados e rejeitada por 210.

Em janeiro passado, McCarthy precisou de 15 tentativas para assumir a presidência da câmara, face à oposição da ala radical republicana, a mesma que forçou a sua saída este mês. Por sua vez, os democratas propuseram Hakeem Jeffries, que também se candidatou ao cargo em janeiro passado.

A presidência interina da câmara baixa impede a aprovação de novas resoluções ou projetos de lei, numa altura em que os orçamentos para o ano fiscal em curso têm de ser fechados e em que estão pendentes mais ajudas à Ucrânia ou a Israel.