A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares defendeu este sábado, em Quarteira, distrito de Faro, que a inclusão de jovens e crianças de contextos de maior vulnerabilidade socioeconómica seja feita através da arte.
A mensagem mais importante “é que a inclusão se faça pela arte e que possamos dar a oportunidade às crianças destes bairros mais deprimidos e mais vulneráveis a possibilidade de, através da Arte, exercerem a sua cidadania, realizarem os seus sonhos…”, disse Ana Catarina Mendes na sessão de lançamento do Programa Escolhas — 9ª Geração.
Para a responsável governamental, a arte vai permitir aos jovens desfavorecidos “ganhar confiança e autoestima nos seus percursos”, assim como abrir a possibilidade de “realizarem outros sonhos para além daquilo que vêm na internet e televisão”.
O Programa Escolhas tem como missão promover a inclusão e integração social de crianças e jovens provenientes de “contextos de maior vulnerabilidade socioeconómica, particularmente de descendentes de migrantes e de crianças e jovens ciganos/as”.
Ana Catarina Mendes sublinhou que ao longo dos últimos 20 anos houve “mais de 500.000 crianças e jovens que passaram” por estes projetos tendo ajudado a descer a taxa de abandono escolar de 46% em 2000 para 06% em 2023.
O Programa Escolhas é um braço armado na nossa intenção de ter uma sociedade cada vez mais inclusiva”, disse a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares.
A nova edição também irá “apostar no alargamento da duração de cada projeto, que passam a ter 3 anos, ficando alinhados com o calendário escolar, o que potencia uma maior capacidade de concretização dos objetivos propostos, bem como do acompanhamento dos percursos educativos das crianças e jovens”.
O Orçamento de Estado para 2024 tem previsto uma dotação de 7,9 milhões de euros para financiar o programa, tendo sido aprovados 118 projetos para o ciclo de três anos que começou a 01 de outubro último.
Presente na cerimónia que teve lugar na Escola Básica 2/3 D. Dinis, de Quarteira, esteve o músico, compositor e ativista português de ascendência cabo-verdiana Dino Santiago, que foi convidado pela ministra para ser o “embaixador” do programa.
O artista, que nasceu nesta cidade do concelho de Loulé, frequentou a Escola D. Dinis e beneficiou do “Escolhas” em jovem, realçou que “a pobreza não tem cor” e que o programa ajuda a que haja “uma verdadeira integração” das pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades.