A inclusão da travessia fluvial entre Setúbal e Troia no passe Navegante será um dos temas que os presidentes das câmaras de Setúbal, Alcácer e Grândola vão levar a uma reunião no Ministério das Infraestruturas, marcada para terça-feira.

Na reunião, marcada para as 15h00 no Ministério das Infraestruturas, em Lisboa, os três autarcas do distrito de Setúbal, Vítor Proença (Alcácer do Sal), Figueira Mendes (Grândola) e André Martins (Setúbal), vão defender também que os transportes fluviais entre Setúbal e Troia sejam assegurados por uma empresa pública e não por uma operador privado, como acontece atualmente.

Autarcas de Setúbal, Grândola e Alcácer do Sal querem travessia do Sado no passe Navegante

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O Estado não pode continuar a desresponsabilizar-se” e “tem de assumir as suas responsabilidades para com estas regiões e as suas populações, ponderando, nomeadamente, entregar esta travessia a uma empresa pública”, defendem os três autarcas.

Na quinta-feira, dois dias depois da reunião no Ministério, será entregue na Assembleia da República uma petição pública com mais de oito mil assinaturas, que foi lançada pelo BE no dia 21 de julho, durante a Feira de Santiago em Setúbal.

Segundo revelou esta segunda-feira o BE em nota de imprensa, a entrega do documento será feita pelas 16h00.

Na petição é recordada a “relação histórica da população de Setúbal e de grande parte da Península de Setúbal que frequentou ao longo dos tempos as praias de Troia, a que acedia facilmente”, criticando-se os “preços incomportáveis fixados pela empresa concessionária dos transportes fluviais para a generalidade das pessoas residentes em Setúbal, que assim deixaram de poder usufruir da praia de Troia”.

No documento é ainda salientada “a flagrante desigualdade no direito de acesso ao transporte público por parte das populações de Setúbal face ao que acontece na restante Área Metropolitana de Lisboa, de que Setúbal faz parte”.

A Atlantic Ferries, concessionária do transporte fluvial de passageiros e viaturas entre Setúbal e Troia, cobra atualmente 8,80 euros por uma viagem de ida e volta por passageiro transportado nos catamarans.

No que respeita aos ferryboats, cada viatura, com condutor incluído, paga 39,20 euros por uma viagem de ida e volta, mas, se o veículo além do condutor transportar mais três passageiros, o custo da viagem de ida e volta sobe para 67,60 euros, valor considerado muito elevado para a maioria da população.