O autor do ataque que matou um professor de uma escola secundária em Arras (norte da França) reivindicou num vídeo o ato em nome da organização Estado Islâmico (EI).
A informação foi avançada por uma fonte citada pela agência de notícias francesa AFP, confirmando uma notícia inicialmente divulgada pela CNews.
De acordo com aquela fonte, Mohammed Mogouchkov, que tem 20 anos, nacionalidade checheno-russa e é acusado de radicalização islâmica, reivindica a sua ação e faz uma alusão “muito marginal” ao ataque do grupo islamita Hamas em Israel de 7 de outubro.
Depois de 96 horas detido no âmbito da investigação aberta pela Procuradoria Nacional Antiterrorismo francesa por homicídio e tentativa de homicídio, Mohammed Mogouchkov deverá ser esta terça-feira presente em tribunal de instrução antiterrorismo para ser formalmente acusado.
No ataque à escola secundária Gambetta-Carnot, em Arras, Dominique Bernard morreu esfaqueado e três outras pessoas ficaram feridas.
“Pai, quero mudar de escola”. Alunos e professores em choque após assassinato de professor em França
O alegado autor do crime, detido durante o atentado, estava a ser seguido pelos serviços secretos franceses pelas suas afinidades islamistas e foi mesmo interrogado pela polícia na véspera do atentado. A investigação já conduziu a outras oito detenções.
O atentado levou o governo a ativar o alerta máximo contra ameaças terroristas e a ordenar, durante o fim de semana passado, várias evacuações de locais emblemáticos, como o Museu do Louvre ou o Palácio de Versalhes.
Museu do Louvre e Palácio de Versalhes evacuados e encerrados por razões de segurança após ameaças
Desde 2012, os atentados terroristas ‘jihadistas’ em França mataram 272 pessoas e feriram 1.200, nomeadamente em 2015 e 2016.