A médica Rita Sá Machado é a nova diretora-geral da Saúde a partir de 1 de novembro de 2023 e “por um período de cinco anos”, divulgou o Ministério da Saúde num comunicado enviado às redações esta terça-feira.
A nomeação foi feita pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro. Será ainda aberto, segundo o comunicado, um “novo concurso para o cargo de subdiretor-geral da Saúde, lugar que continuará a ser exercido, em regime de substituição, por André Peralta Santos”.
Segundo o Ministério da Saúde, Rita Sá Machado terminou “o mestrado integrado em Medicina pela Nova Medical School e é mestre em Saúde Pública pela London School of Hygiene and Tropical Medicine”. “Com formação em Medicina em Viagem e Populações Móveis, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, é também pós-graduada em Gestão na Saúde pela Católica Porto Business School, e pós-graduada em Educação Médica pela Harvard Medical School.”
Atualmente, Rita Sá Machado desempenhava “funções em Genebra, como Conselheira da Organização Mundial de Saúde (OMS) na área da Saúde e Migrações”. Antes disso, tinha sido “conselheira de Migração e Assuntos Humanitários no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Missão Permanente em Portugal, e chefe de divisão de Epidemiologia e Estatística da Direção-Geral da Saúde (DGS)”, cargo que abandonou em julho de 2020.
Chefe dos epidemiologistas e estatística abandona DGS. Entidade garante que saída foi “programada”
“Como médica, iniciou funções no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, tendo também exercido funções na área da saúde pública Direção-Geral da Saúde, na Administração Regional de Saúde do Norte e na Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (Agrupamento de Centros de Saúde Almada Seixal)”, lê-se no comunicado.
Graça Freitas saiu da direção da DGS em agosto de 2023 e foi substituída interinamente por André Peralta Santos, que estará no cargo até o próximo 1 de novembro.
Ordem dos Médicos satisfeita com escolha de Rita Sá Machado
Em declarações à agência Lusa a propósito da nomeação, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, considerou positiva a nomeação, porque se esperava há já muito tempo a pessoa que iria substituir Graça Freitas, e agradeceu o “grande trabalho” da anterior diretora, nomeadamente na altura da pandemia de covid-19, elogiando também o desempenho do subdiretor André Peralta Santos.
De Rita Sá Machado o bastonário salientou o facto de ser uma pessoa jovem, com alguma experiência na Direção-Geral da Saúde (DGS) mas também com “uma perspetiva macro”, resultado do seu trabalho na OMS.
A sua “visão moderna de saúde pública” é essencial para as maiores exigências na área da Saúde, disse, acrescentando esperar que o Governo lhe dê as condições necessárias de autonomia mas também de financiamento e de recursos humanos, para que a DGS possa fazer o seu trabalho.
A Ordem dos Médicos, salientou, está interessada em ter uma “boa relação, leal e de proximidade” com a DGS, com quem espera manter uma “colaboração muito próxima”, disse Carlos Cortes.