Novecentos militares norte-americanos foram mobilizados para o Médio Oriente com a missão de evitar uma escalada regional do conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, informou esta quinta-feira o Pentágono.

O porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, afirmou em conferência de imprensa que nenhum membro desse contingente tem como destino Israel.

Os 900 militares já foram destacados ou estão em vias de o fazer na área de operação do Comando Central dos Estados Unidos (Centcom) que opera no Médio Oriente, Ásia Central e partes do sul da Ásia.

Posso confirmar que eles não vão para Israel. O seu objetivo é apoiar os esforços regionais de dissuasão e fortalecer ainda mais as capacidades de proteção das forças dos Estados Unidos”, explicou o porta-voz, acrescentando que o efetivo irá variar em função das necessidades da situação.

Os Estados Unidos já mobilizaram, entre vários meios, dois porta-aviões para dissuadir as milícias aliadas do Irão e em concreto o Hezbollah, no Líbano, de entrarem no conflito. Ao mesmo tempo, nos últimos dias, Washington alertou para um aumento dos ataques contra as suas bases na Síria e no Iraque. Desde 17 de outubro, os Estados Unidos e as forças de coligação registaram 12 ataques no Iraque e quatro na Síria com drones e foguetes.

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As forças norte-americanas destacadas no norte do Iraque no âmbito da coligação internacional que combate o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) abateram hoje dois drones lançados por milícias iraquianas contra uma base de tropas norte-americanas no norte do Iraque.

Segundo um responsável curdo, dois drones atacaram a base de Harir, localizada nas proximidades do aeroporto de Erbil, capital da região semiautónoma do Curdistão iraquiano.

Esta nova ação foi reivindicada pela chamada Resistência Islâmica no Iraque, um grupo de milícias pró-iranianas que nas últimas semanas assumiram a responsabilidade por mais de uma dezena de ataques contra bases com pessoal norte-americano no Iraque e na Síria.

Pelo menos 21 soldados ficaram levemente feridos, de acordo com o Departamento de Defesa dos EUA.

O grupo islamita Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.