O Manchester City tinha toda a margem de manobra possível na Liga dos Campeões. Após três vitórias em três jogos no grupo G, a equipa de Guardiola podia fazer peões, curvas em derrapagem ou ultrapassagens sem pisca, mas o que os citizens queriam mesmo era estacionar. Isto significava que, apesar da folga para o rivais, os ingleses queriam vencer o Young Boys e assegurar desde já o apuramento para os oitavos finais. “É muito importante [a qualificação tão cedo], mais do que se imagina, porque podemos estacionar o carro até fevereiro e focarmo-nos na Premier League e nas outras competições.

Guardiola defrontava os líderes da Liga Suíça, que venceu por 3-1 na primeira volta, de olhos postos na defesa do título. No entanto, ficava no ar a dúvida quanto à disponibilidade física de Erling Haaland, jogador cuja utilização ia ser definida em cima da hora do jogo. De resto, independentemente da situação do norueguês, poder de fogo não tem faltado aos vencedores da Premier League na temporada passada que marcaram 12 golos nos últimos três compromissos antes de receberem o Young Boys no Etihad.

A primeira vez esta época para o mesmo de sempre: Haaland estreia-se a marcar na Liga dos Campeões na vitória contra o Young Boys

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Haaland teve mesmo condições para ir a jogo num onze que não contou com Bernardo Silva mesmo que Guardiola, no rescaldo ao jogo com o Bournemouth, o tenha comparado a Messi, ficou no banco de suplentes. “O Bernardo é um jogador extraordinário, marcou dois grandes golos. O movimento no segundo golo fez-me lembrar o Messi. O Messi fê-lo muitas vezes. Toda a gente está contente por ter o Bernardo aqui”, disse o técnico que, para o encontro com o Young Boys, também deixou Jérémy Doku, Rodri e Julián Álvarez de fora as escolhas iniciais.

Quem fez parte do onze foram Rúben Dias e Matheus Nunes que viram o Manchester City criar perigo logo a abrir. Loris Benito parou em cima da linha o remate de Rico Lewis servido de bandeja por Jack Grealish. Com naturalidade, o os citizens acabariam por chegar ao golo. Matheus Nunes falta de Lauper dentro da área e Halaand (23′) converteu.

Os ingleses estavam a realizar um exibição mais convincente do que a que haviam feito na Suíça. Jack Grealish mostrou de novo estar inspirado no capítulo do passe. Com uma bela abertura para Phil Foden (45+1′), o extremo encontrou o seu antípoda. A partir daí, o camisola 47 passou pelos defesas e rematou colocado para o fundo das redes defendidas por Anthony Racioppi. O campeões em título chegaram em vantagem ao intervalo de um jogo onde a única coisa que deram de borla foi a camisola de Halaand a Ali Camara, central do Young Boys que não esperou até ao fim do jogo para pedir uma lembrança ao norueguês.

Halaand arranjou uma nova camisola para a segunda parte e foi com ela que voltou a ser protagonista. O norueguês (51′) teve que fintar o próprio colega de equipa, Kovacic, antes de fuzilar a baliza do Young Boys para o terceiro golo. Logo de seguida, Lauper viu o segundo amarelo e foi expulso, deixando a equipa de Guardiola ainda em melhor posição para garantir o apuramento.

Bernardo Silva acabaria por não vir a jogo e ficar no banco a ver Matheus Nunes desperdiçar um golo à boca da baliza. Com este triunfo (3-0), o Manchester City assegura desde já o apuramento para os oitavos de final. Para garantirem o primeiro lugar do grupo G, os citizens precisam apenas de um empate contra o RB Leipzig (equipa alemã que venceu o Estrela Vermelha por 1-2) na próxima jornada.