O Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) vai construir uma residência para 230 estudantes, docentes e investigadores, que deverá começar a funcionar dentro de dois anos, no ano letivo de 2025/2026.
O arranque do projeto “Residência ISEL Carbono Zero” foi anunciado esta quarta-feira pelo ISEL, que revelou que a residência será construída em Marvila e estará integrada num eco-campus, que terá um HUB de investigação e formação avançada, com laboratórios tecnológicos, salas de formação, zona de incubadora de startups e espaços empresariais.
A residência para estudantes, docentes e investigadores será financiada através do Programa Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis, com uma verba de 7,51 milhões euros.
“Esta residência visa mitigar as preocupantes dificuldades com que os estudantes se deparam no que respeita ao alojamento, em particular nas grandes cidades”, ao mesmo tempo que contempla as várias vertentes da sustentabilidade – ambiental, social e económica -, disse José Nascimento, presidente do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.
A carência de oferta de camas a preços acessíveis tem sido uma das principais queixas dos estudantes nos últimos anos, que têm alertado para os muitos casos de alunos que desistem de estudar ou que têm de ficar em instituições mais perto de casa, desistindo do curso que gostariam de tirar.
Em 2018, o Governo lançou o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), que tinha como objetivo duplicar a oferta de camas a preços acessíveis até 2030.
Programa de alojamento estudantil vai financiar quase 12 mil novas camas em residências
Na semana passada, a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior adiantou que até ao final do ano deverão ser inauguradas mais seis residências, num total de quase 1.000 novas camas.
A proposta de Orçamento do Estado para 2024 do Governo prevê um reforço em 70 milhões de euros do financiamento do PNAES, passando o investimento total para 517,4 milhões de euros.
Com esta verba, o executivo acredita que será possível apoiar a construção e reabilitação de mais de 18 mil camas, conseguindo oferecer em 2026 mais de 26 mil camas.
A tutela tem também aumentado o apoio dado aos estudantes para as rendas: Na proposta de OE, o Governo definiu que os alunos deslocados com bolsa poderão receber mensalmente até 120 euros a mais do que já recebem, na sequência do reforço para vários concelhos, passando a variar entre 264,24 e 456,41 euros mensais.