A taxa de inflação abrandou mesmo para 2,1% em outubro. O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta segunda-feira o valor inscrito na previsão rápida avançada a 31 de outubro. A inflação ficou, assim, 1,5 pontos abaixo da taxa verificada no mês anterior, quando estava nos 3,54%.

De acordo com o destaque do INE, a inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma variação homóloga de 3,5%, menos 0,6 pontos face a setembro. O índice relativo à energia diminuiu para -12,1%, valor que compara com -4,1% do mês anterior, e o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 4,0%, que compara com os 6,0% de setembro.

O maior contributo para o abrandamento da inflação foi a habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis, o que se explica com “o efeito de base associado aos aumentos mensais de preços registados em outubro de 2022” na alimentação, de 2,1%, e nos produtos energéticos, de 6,7%, com destaque para o gás natural (77,4%).

A variação mensal do Índice de Preços no Consumidor foi -0,2%, face a 1,1% no mês anterior e 1,2% em outubro de 2022. A variação média dos últimos doze meses diminuiu para 5,7%, após ter registado 6,3% em setembro. Na variação mensal, o INE destaca o azeite, que aumentou 11,69%. Ainda assim, a classe com maior contributo positivo para a taxa de variação mensal do índice total foi o vestuário e calçado, com uma variação de 2,1%, que compara com 24,6% do mês anterior e 2,4% de outubro de 2022.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O maior contributo negativo esteve nos transportes, com uma variação de -0,8%, face a -0,4% em setembro e 1,4% em outubro de 2022.

Inflação trava a fundo para 2,1% em outubro e fixa valor para subida das portagens em 2024

Os dados da inflação de outubro são a referência para a atualização das taxas de portagens em 2024, que será de 2,1%. A variação média resulta da aplicação do índice de preços ao consumidor sem a habitação que foi de 2%, ao qual acresce 0,1 pontos percentuais que as concessionárias podem somar para compensar a perda sofrida com o travão à subida de portagens aplicado este ano.