Um novo medicamento para o tratamento do cancro na mama metastático foi aprovado para comparticipação pelo Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), após ter sido testado que “pode reduzir significativamente o risco de morte”.
De acordo com uma nota enviada à agência Lusa pela empresa de biotecnologia Seagen, focada no desenvolvimento de terapias inovadora contra o cancro, os doentes têm agora acesso ao regime de combinação do tucatinib com outros fármacos, tratamento que “prolonga significativamente a sobrevivência global no cancro da mama metastático HER2-positivo, mesmo quando estão presentes metástases cerebrais”.
A mesma nota acrescenta que “as evidências comprovam que o tucatinib prolonga a sobrevivência global mediana dos doentes em mais de dois anos (24,7 meses), sendo que anualmente em Portugal são diagnosticados sete mil novos casos de cancro da mama, dos quais 7 a 10% são metastáticos”.
O cancro da mama metastático HER2-positivo representa 15 a 20% dos cancros da mama metastáticos, segundo os mesmos dados.
O Infarmed concedeu a comparticipação para o tucatinib em combinação com trastuzumab e capecitabina, para o tratamento de doentes adultos com carcinoma da mama HER2-positivo localmente avançado ou metastático, que tenham recebido, pelo menos, dois regimes anteriores de tratamento anti-HER2.
Citada na nota, a médica oncologista e diretora da Unidade de Mama do Centro Clínico Champalimaud, Fátima Cardoso, refere que “esta aprovação é um novo aliado muito importante para médicos e doentes, dando resposta a uma necessidade clínica importante de pacientes com cancro da mama avançado HER2+”.
“É particularmente importante para os doentes com metástases cerebrais, tanto ativas, como previamente tratadas ou não tratadas com terapias locais”, adianta referindo que melhora a qualidade de vida e assegura “o controlo da doença por um período mais longo”.