O tempo passa a correr e a verdade é que já passou um ano inteiro desde que arrancou o Campeonato do Mundo. Ou seja, já passou um ano inteiro desde que Cristiano Ronaldo deu a polémica entrevista a Piers Morgan e rescindiu contrato com o Manchester United já no Qatar, terminando 2023 a assinar como Al Nassr depois da eliminação da Seleção Nacional. Um ano inteiro depois, as ideias do fim da carreira de Cristiano Ronaldo mostraram-se manifestamente exageradas.

O avançado português regressava à competição na Arábia Saudita depois de um duplo compromisso com a Seleção onde marcou um golo ao Liechtenstein e fez parte da equipa de Roberto Martínez que carimbou o pleno de vitórias na qualificação para o Euro 2024. Aos 38 anos e à entrada para o jogo desta sexta-feira, levava 27 golos em 28 jogos esta temporada e é destacadamente um dos melhores marcadores de 2023/24 a nível global — mesmo que já seja o ídolo de outros goleadores.

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Numa entrevista ao The Telegraph, Nicolas Jackson explicou o porquê de ter reproduzido o festejo de Cristiano Ronaldo no hat-trick que apontou pelo Chelsea contra o Tottenham e revelou a admiração que tem pelo português. “Adorava o Cristiano Ronaldo quando era criança. Tinha o nome dele na camisola que usava sempre. Não era uma camisola verdadeira, porque essas eram caras e não podia comprá-las. Mas tinha uma camisola onde coloquei um ‘7’ e escrevi ‘Ronaldo’ com uma caneta”, começou por dizer o jogador senegalês de 22 anos.

“Fingia ser ele, mas era difícil ver os jogos porque era preciso pagar. Íamos para a casa de um amigo e víamos, éramos um grupo grande. Íamos todos para a mesma casa ver os jogos do Real Madrid. Sempre fiz a celebração dele, mesmo quando estava no Villarreal e marcava dois golos. Quando fiz o hat-trick, tive de fazer aquilo. Só vou celebrar assim quando marcar dois ou três golos. Foi o primeiro hat-trick da minha carreira e foi muito especial”, acrescentou o avançado do Chelsea.

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Esta sexta-feira, de forma natural, Ronaldo era titular pelo Al Nassr contra o Al Akhdoud. Alex Telles, Otávio e Talisca também estavam no onze de Luís Castro, com Sadio Mané a começar no banco. Do outro lado, no conjunto orientado pelo eslovaco Martin Ševela que está em zona de despromoção, destacava-se o guarda-redes Paulo Vítor, que em Portugal passou por Varzim, Rio Ave e Desp. Chaves.

O Al Nassr abriu o marcador ainda dentro do quarto de hora inicial, com Sami Al-Najei a finalizar uma assistência de Sultan Al-Ghannam na sequência de uma abertura brilhante de Otávio (13′). Talisca ainda teve uma boa oportunidade para aumentar a vantagem, com um remate acrobático que passou ao lado (40′), mas a equipa de Luís Castro foi mesmo para o intervalo a vencer pela margem mínima.

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e Ronaldo foi acumulando oportunidades, atirando à malha lateral (56′), acertando na baliza mas em posição irregular (75′) e permitindo uma defesa de Paulo Vítor (76′). Já dentro do quarto de hora final, porém, o capitão da Seleção Nacional conseguiu mesmo aumentar a vantagem: num lance de insistência e com a bola a sobrar na grande área, iludiu dois adversários e atirou cruzado para marcar (77′).

O Al Nassr estava completamente por cima do jogo e Ronaldo bisou instantes depois, aproveitando uma saída em falso de Paulo Vítor para tirar um chapéu de muito longe e marcar um dos golos mais impressionantes desde que chegou à Arábia Saudita (80′). No fim, a equipa de Luís Castro somou a oitava vitória consecutiva e ficou provisoriamente a um ponto da liderança do Al Hilal, sendo que o conjunto de Jorge Jesus só visita o Al Hazm este sábado.