Marta Temido, deputada do PS e ex-ministra da Saúde, nega qualquer envolvimento no tratamento das gémeas luso-brasileiras com atrofia muscular espinhal no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Em entrevista ao Público e à Renascença, Marta Temido diz que não houve qualquer contacto com Marcelo Rebelo de Sousa sobre o caso, tornado público numa reportagem da TVI e que aconteceu no período em que ainda era ministra da Saúde. Temido diz estranhar algumas declarações dos médicos sobre o assunto, visto ser claro à luz da lei que as crianças teriam que receber tratamento médico. Explica ainda que o Presidente da República reencaminhou para o Governo mais casos e que isso foi sempre o procedimento “habitual”.
Um futuro na Câmara de Lisboa? “Cada coisa a seu tempo”
Na mesma entrevista, Marta Temido mostra-se “com alguma mágoa daquilo que têm sido os dias recentes da política”. O país passa por um momento que “não é um momento feliz”, estando instalado “um ambiente de suspeição” em relação aos políticos, afirma. A ex-ministra da Saúde diz ainda que António Costa não tinha alternativa senão demitir-se.
Sobre a Câmara Municipal de Lisboa, Temido avança que o Partido Socialista vai viabilizar o orçamento de Carlos Moedas e não descarta a possibilidade de ser candidata nas eleições autárquicas de 2025: “Relativamente à Câmara de Lisboa, cada coisa a seu tempo. Se o PS precisar de mim para combates, a seu tempo veremos. Seguramente que cá estarei para os enfrentar.”
Já sobre a liderança do partido, garante que não prestará apoio público a nenhum dos candidatos, Pedro Nuno Santos ou José Luís Carneiro. “Não me revejo no contar de espingardas. Talvez tenha que ver com o facto de eu ter chegado muito recentemente às lides políticas”, comenta.