Manuela Eanes e José Luís Carneiro falaram ao telefone este domingo e a antiga primeira dama expressou “muita simpatia” pela candidatura de José Luís Carneiro à liderança do PS, segundo adiantou ao Observador a candidatura do socialista. Não é militante do PS, embora não seja a primeira vez que se junta a candidatos do partido (já aconteceu com António Costa, por exemplo) e desta vez ao atual ministro da Administração Interna que está na corrida à liderança socialista.

A conversa aconteceu antes do encontros de José Luís Carneiro com militantes do PS em Leiria, na tarde deste domingo, e de acordo com fonte da candidatura Manuel Eanes apontou sobretudo os “valores” defendidos por Carneiro e também a forma serena e responsável como tem apresentado propostas e projetos para “servir o país.” E também expressou “preocupação com a polarização e os extremismos” nesta altura da vida política, tendo sido neste contexto que elogiou “a postura” que o socialista “tem adotado” e a “estabilidade e posicionamento da candidatura, na disponibilidade para o diálogo e a construção de pontes”; descreveu a mesma fonte.

Nas legislativas de 2019, numa ação de rua em Lisboa, Manuela Eanes fez uma aparição na caravana de António Costa, para apoiar a sua recandidatura nessas eleições. Na altura, o caso Tancos queimava a campanha socialista e a antiga primeira dama foi condenar isso mesmo, lamentando que na “campanha, deploravelmente, o tema tem sido quase só Tancos”. A Costa deixou palavras de apreço.

Manuela Eanes numa esquina e também o caso Tancos. Costa volta a Lisboa

Manuela Eanes é mulher do antigo Presidente da República Ramalho Eanes que, no último Conselho de Estado, foi um dos poucos que votou ao lado da frente socialista nesse órgão contra as eleições antecipadas. Nessa reunião, tal como avançou o Observador na altura,  votaram contra a dissolução o primeiro-ministro António Costa, o presidente do PS, Carlos César, o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, o antigo candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa e o histórico socialista Manuel Alegre (ambos nomeados pelo PS). A essa grupo também se juntaram para votara contra a “bomba atómica” o antigo Presidente da República António Ramalho Eanes, o presidente do Tribunal Constitucional, José João Abrantes (que foi indicado para o cargo de juiz conselheiro do Constitucional pelo PSD) e ainda a escritora Lídia Jorge.

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