O artista Banksy instalou esta sexta-feira uma obra de arte em Peckham, uma bairro no sul de Londres, no Reino Unido, mas a peça acabou por ser roubada menos de uma hora depois de ter exposta ao público, deixando perplexos aqueles que assistiram ao episódio.

A obra representa três drones de guerra, pintados sobre uma placa de stop no cruzamento da Southampton Way com a Commercial Way, na zona de Peckham, na capital britânica, e foi publicada pouco antes de meio dia na conta oficial de Banksy no Instagram, o meio pelo qual o artista costuma autenticar as criações de sua autoria.

Por volta das 12h30, a placa foi desmontada e levada por um homem que se afastou a correr, segundo vídeos filmados por testemunhas, divulgados por meios britânicos de comunicação. As pessoas que ali se encontravam permaneceram paradas, enquanto a placa era desmontada, ouvindo-se algumas vozes em fundo a perguntar “o que está a fazer” e a voz de uma mulher a dizer “isso deixa-me irritada”, como descreve o jornal The Guardian.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A agência France Presse cita declarações de uma testemunha no local, que assegura que “ninguém sabia o que fazer”. A agência francesa contactou a polícia de Londres que afirmou não ter recebido qualquer queixa sobre o assunto.

O vídeo publicado nas redes sociais mostra dois a agirem em conjunto, com um a facilitar o acesso à placa e outro a afastar-se a correr com ela, depois de a ter desmontado. O The Telegraph escreve “que Banksy não está por trás da remoção”, que acrescenta ser difícil vender “um Banksy” roubado, devido ao destaque atingido pelo artista cuja identidade é desconhecida.

No ano passado, três homens na faixa dos 30 anos foram presos em França pelo roubo e manipulação de uma pintura de Banksy em homenagem às vítimas do ataque de 2015 à sala de concertos Bataclan, em Paris. Seis meses depois, num outro incidente, oito pessoas foram detidas associadas ao roubo de um mural pintado pelo artista de rua, num muro nos arredores de Kiev, na Ucrânia.

Banksy emite certificados de autenticidade para obras de arte que não sejam consideradas roubadas ou colocadas indevidamente em mãos privadas, através da equipe de Controle de Pragas do artista, que cuida da autenticação.