Provavelmente Rúben Amorim nem se deve ter apercebido mas ainda antes do jogo em Tondela, na habitual conferência de imprensa de antevisão, falava do complicado mês de janeiro assumindo já uma presença na Final Four da Taça da Liga. Foi isso que aconteceu, apesar de haver ainda uma janela de oportunidade dos beirões caso conseguissem um triunfo por dois ou mais golos de diferença, foi isso que se voltou a passar com aquilo que funciona já como uma “regra” numa competição especial para o técnico por ter valido aquele que foi o primeiro título na nova função a orientar e não a jogar. Com isso, o Sporting ficou com o último lugar ainda em aberto nas meias-finais, tendo já encontro marcado com o Sp. Braga em Leiria.

Daniel voltou a mostrar que são poucos mas bons (a crónica do Tondela-Sporting)

Contas feitas, desde que assumiu o papel de treinador, Rúben Amorim tem um total de 16 vitórias em 17 jogos na Taça da Liga entre Sp. Braga e Sporting. Em resumo, o técnico venceu todos os jogos no comando técnico dos minhotos incluindo uma meia-final com os leões e uma final com o FC Porto e repetiu o mesmo caminho desde que chegou a Alvalade em março de 2020, tendo apenas uma derrota na última decisão da prova contra os azuis e brancos. A par dos seis troféus na prova como jogador, Amorim tem também três títulos como treinador e vai agora à procura do décimo triunfo, quarto nos últimos cinco anos. Já o Sporting alcançou pela 11.ª vez a Final Four, somando sete presenças consecutivas nas meias-finais.

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No final da partida, o técnico relativizou todo o trajeto na prova e acabou também por passar um pouco ao lado de uma segunda parte que claramente o deixou desagradado em alguns momentos, preferindo destacar a qualificação para a fase final da Taça da Liga e o bom momento de Daniel Bragança entre as reservas sobre o mercado de janeiro, incluindo o central Rafael Silva que está a caminho de Alvalade. “Se posso confirmar essa notícia? Não, não, não… Os jogadores têm de ser apresentados pelo clube, vamos ver nos próximos dias quem poderá aparecer. Garantir um médio também? Certas posições são muito difíceis de comprar em janeiro. Os jogadores que achamos que têm potencial para vir para nós são jogadores titulares e as equipas não libertam. Vamos ver o que vai acontecer”, comentou o técnico em declarações à SportTV.

“O golo que sofremos não pode ser normal mas pode acontecer. O Tondela esteve bem na segunda parte mas tivemos muitas oportunidades nesse período. Não conseguimos concretizar e o Tondela marcou de forma aquela fortuita. Fica aquela sensação de sofrer golos, da distância no marcador não ser a que devia, mas foi um bom jogo, onde ganhámos e seguimos em frente. Para além disso, foi um jogo que serviu para ver dinâmicas novas, ligações novas, para meter toda a gente ao mesmo nível. Houve muita gente que fez o jogo todo, outros ficaram de fora. Foi bom para equilibrar o grupo para o que aí vem. Daniel Bragança? Por acaso até estava meio adoentado mas fez este jogo, o que é bom. Está mais maduro. A competição faz bem mas certos percalços fazem-nos também crescer. O Dani cresceu em termos físicos mas mentalmente noto que o jogo dele está mais adulto”, salientou Rúben Amorim sobre a exibição do médio formado no clube.

Por fim, e à semelhança do que é normal no discurso do técnico, Amorim recusou fazer qualquer promessa em jeito de prenda de Natal aos adeptos. “Voucher com títulos? O que queremos é ganhar o próximo jogo. Já dissemos várias vezes o que queremos no final do ano mas o pensamento é no próximo jogo e o próximo jogo é o Portimonense”, apontou, colocando o foco no último encontro do ano, no dia 30.