É a segunda vez que o Rei Carlos III de Inglaterra partilha a mensagem do dia de Natal aos ingleses e aos povos da Commonwealth. Este ano, o discurso foi feito a partir da sala central do Palácio de Buckingham, que dá acesso à conhecida varanda que marca os principais momentos da família real britânica.
A mensagem de Carlos III assentou em três pilares: o apelo à proteção da Terra, à boa vontade e ao voluntariado. Ao contrário da Rainha Isabel II, que na mensagem de Natal costumava estar rodeada de fotografias da família, Carlos III discursou ao lado de uma árvore de Natal real, que vai ser replantada assim que acabarem as festividades. De acordo com informação divulgada pelo palácio, os ornamentos da árvore também eram sustentáveis, reutilizando materiais.
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Carlos III começou por fazer referências ao voluntariado e à presença e destaque que esta atividade teve na cerimónia de coroação – falou mesmo num “exército de pessoas altruístas” que formam “a coluna essencial da nossa sociedade”.
“Ao longo deste ano, o meu coração aqueceu com incontáveis exemplos de forma imaginativas em que as pessoas se preocupam umas com as outras (…) simplesmente porque sabem que é a coisa certa a fazer”, acrescentou.
Logo a seguir, recorreu a um dos temas que marcaram as várias décadas de atividades enquanto foi Príncipe de Gales e, agora, enquanto Rei: a sustentabilidade. “Temos de nos preocupar com a Terra em nome dos filhos dos nossos filhos”, sublinhou. Aos 75 anos, reconheceu que tem “ficado muito satisfeito de ver uma consciência crescente da necessidade de proteger a Terra como a casa que todos partilhamos”.
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O monarca não abordou diretamente os conflitos na Ucrânia ou na Faixa de Gaza, mas falou nos “conflitos cada vez mais trágicos” que se travam no mundo. “Rezo para que possamos fazer tudo para nos protegermos uns aos outros. As palavras de Jesus são cada vez mais relevantes”, lembrou, pedindo que “não façamos aos outros o que não queremos que nos façam a nós”.
“Por isso, neste dia de Natal o meu coração e os meus agradecimentos vão para todos aqueles que estão a servir os outros – que cuidam da nossa casa conjunta e todos os que procuram o bem dos outros, mesmo que não os conheçam”, transmitiu Carlos III.