O ministro da Saúde admitiu esta sexta-feira que o aumento da mortalidade esta semana é “mais um elemento de preocupação”, mas advertiu que estes dados devem ser analisados com prudência e estudados no seu conjunto.

Segundo os dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO), a mortalidade em Portugal registou um pico desde o passado fim de semana e o dia de Natal deste ano, com 440 óbitos, foi aquele em que mais pessoas morreram nos últimos 10 anos.

Questionado, à margem da cerimónia dos 100 anos do IPO de Lisboa, se este aumento da mortalidade pode estar relacionado com a pressão a que tem estado sujeito o Serviço Nacional de Saúde nos últimos dias, o ministro afirmou que é preciso ser “muito prudente” a analisar esses dados.

Nas curvas de mortalidade, nós não podemos analisar dias isolados, temos de ver o seu conjunto”, disse Manuel Pizarro, adiantando que, por comparação com anos anteriores, registou-se uma mortalidade bastante inferior nos meses de outubro e novembro deste ano.

O governante sublinhou que é, “naturalmente, mais um elemento de preocupação”, mas insistiu que são números que devem ser analisados “com prudência quando todos os dados estiverem reunidos”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Ministro admite que INEM terá menos capacidade de resposta à noite

Apelou ainda à população elegível para a vacinação contra a gripe e a Covid-19 que se vacine caso ainda não o tenha feito.

“Temos uma enorme cobertura vacinal, mas aqueles portugueses que têm indicação para se vacinarem contra a gripe e contra a Covid-19, que são todos os que têm mais de 60 anos de idade, e ainda não o fizeram ainda vão a tempo de se dirigirem ao centro de saúde ou à farmácia para se vacinarem”, salientou.

Manuel Pizarro, que também é médico, realçou que esta “é a melhor medida” que se pode tomar para prevenir a gravidade da gripe.