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A coordenadora humanitária da ONU na Ucrânia condenou esta terça-feira os novos bombardeamentos das forças russas a Kiev e Kharkiv e recordou a Moscovo que os ataques indiscriminados contra civis são proibidos pelo Direito internacional.
“Pelo terceiro dia consecutivo, os ataques aéreos russos em grande escala mataram pessoas, incluindo crianças, e danificaram casas e outras infraestruturas civis”, afirmou Denise Brown num comunicado.
“As Nações Unidas recordam mais uma vez à Rússia que os ataques indiscriminados e os bombardeamentos de civis e de infraestruturas civis são estritamente proibidos pelo direito humanitário internacional”, sublinhou.
Brown referiu que esta última série de ataques também deixou muitas zonas da capital ucraniana, Kiev, sem eletricidade e sem abastecimento de água, quando se prevê que as temperaturas atinjam os 20 graus negativos esta semana.
“Em nome da comunidade humanitária, reafirmo mais uma vez o nosso compromisso de continuar a apoiar o povo da Ucrânia, que está a sofrer com a destruição causada pela invasão russa”, disse, acrescentando: “Os meus pensamentos estão com as famílias e amigos dos mortos e feridos”.
Os ataques russos foram denunciados pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que os classificou como “uma campanha de terror”.
“Este ano, continuaremos a trabalhar com todas as pessoas em todo o mundo que valorizam a vida para reforçar o nosso escudo aéreo e responsabilizar a Rússia por tudo o que fez. O Estado terrorista deve sentir as repercussões das suas ações”, referiu Zelensky, numa mensagem publicada na rede social X.
Rescue operations in the aftermath of another Russian strike continue. All the services are working. Over 500 State Emergency Service rescuers, municipal services, energy workers, and police officers.
Kyiv, Kyiv region, and Kharkiv. As of now, 92 people have been reported… pic.twitter.com/u3Qt3pZ81Z— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) January 2, 2024
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, apelou aos parceiros internacionais para que acelerem a entrega de armas à Ucrânia, na sequência do aumento dos ataques russos.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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