Os alertas de desflorestamento na Amazónia brasileira caíram para metade em 2023 face a 2022, informou, esta sexta-feira, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão governamental que faz a monitorização por satélite da região.
O desflorestamento da Amazónia Legal brasileira caiu para 5.152 quilómetros quadrados em 2023 face aos 10.278 quilómetros quadrados de áreas devastadas em 2022, segundo dados do sistema Deter do INPE observados até 29 de dezembro do ano passado.
Amazónia brasileira registou em novembro o maior número de incêndios em seis anos
A Amazónia Legal é uma região que corresponde a 59% do território brasileiro e que engloba a área de nove estados — Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão.
O Pará liderou a lista dos estados com mais destruição florestal em 2023. Segundo o Deter, foram 1.903 quilómetros quadrados destruídos. Segue-se Mato Grosso, com 1.408 quilómetros quadrados, e Amazonas com 894 quilómetros quadrados.
Já no Cerrado, segundo maior bioma do país, houve alertas de desflorestamento em 7.828 quilómetros quadrados, dado que indica uma subida de 43% face a 2022, e o maior número desde o início das medições do Deter.
O cerrado é um bioma fundamental para a distribuição da água pelo Brasil. O bioma leva água para oito das 12 bacias importantes para o consumo de água e geração de energia no país.