Portugal registou 85.764 nascimentos em 2023, mais 2.328 do que no ano anterior, segundo dados dos “testes do pezinho”, que cobrem a quase totalidade dos bebés que nascem no país.

Pelo segundo ano consecutivo, Portugal ultrapassou a barreira dos 80.000 nascimentos, após a quebra histórica da natalidade em 2021, ano em que Portugal registou o menor número de nascimentos (79.217).

Portugal voltou a ultrapassar a barreira dos 80 mil nascimentos em 2022

De acordo com os dados do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), Lisboa foi o distrito com mais “testes do pezinho” realizados em 2023, totalizando 25.805, mais 963 comparativamente a 2022, seguido do Porto, com 15.456 (mais 201), Setúbal, com 6.904 (mais 531) e Braga, com 6.275 exames realizados, menos 132.

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O menor número de “testes do pezinho” realizado foi observado no distrito de Portalegre, com 554, menos 30 do que em 2022, Bragança, com 594, mais 20, e na Guarda, com 646 exames, mais 34, segundo o programa coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge , através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana.

Novembro foi o mês que registou o maior número de “testes do pezinho” no ano passado (7.779), seguido de agosto (7.661), janeiro (7.649), outubro (7.623), maio (7.506), março (7.196), setembro (7.170), junho (7.053), julho (7.034), dezembro (6.686), fevereiro (6.220) e abril (6.178).

De acordo com os dados dos relatórios do Programa Nacional de Rastreio Neonatal, consultados pela Lusa no site do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge , o número de bebés estudados, entre 1984 e 2008, ultrapassou sempre os 100 mil, sendo o maior registo no ano de 2000 (118.577).

Em declarações à Rádio Observador, a demógrafa Maria João Valente Rosa explica que estes números não têm impacto no processo de envelhecimento da população que continua a ser uma tendência.

Aumento dos nascimentos. “Não tem impacto no envelhecimento”

O “teste do pezinho” é efetuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite atualmente detetar 27 doenças quase sempre genéticas, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito, cujas crianças podem beneficiar de tratamento precoce.