Mais de 1.100 pessoas foram detidas no Equador, 94 das quais acusadas de terrorismo, desde o dia 9 de janeiro, quando foi declarado o “conflito armado” com os grupos criminosos, anunciou este domingo a Presidência do país.
Segundo o diário equatoriano ‘El Telégrafo’, neste período de cinco dias, foram feitas 10.478 operações policiais e das forças armadas no âmbito do chamado Plano Fénix, no qual foram desmantelados 28 “grupos terroristas” e detidas 1.105 pessoas.
O balanço inclui ainda cinco “alegados terroristas” mortos, 27 prisioneiros capturados depois de fugirem das prisões, oito polícias libertados e dois polícias mortos.
Entre os presos estão dois suspeitos de terrorismo de “alto valor” que foram capturados em Esmeraldas após uma operação coordenada com as Forças Armadas. Um deles ordenou mortes violentas por meio de assassinos contratados.
Nestes cinco dias, foram registados oito ataques contra infraestruturas policiais e treze ataques contra infraestruturas públicas e privadas. Foram apreendidas 413 armas de fogo, 224 armas brancas, 14 barcos, 324 veículos, 338 explosivos, 8.709 munições, 160 motos, 100 telemóveis, 4.213,57 quilos de drogas, combustível e 1.487 dólares em dinheiro.
Um tiroteio no norte de Quito, na noite de sábado, causou um morto e cinco feridos, noticia o diário ‘El Universal’. Seis homens chegaram a um salão de bilhar no bairro de Atucucho em três motas e abriram fogo.
Entretanto, o diretor da Polícia Federal do Brasil, Andrei Rodrigues, ofereceu a sua cooperação às autoridades equatorianas, numa mensagem enviada através do secretário executivo da Comunidade de Polícias das Américas (Ameripol), Milton Fornazari Junior, informa a cadeia ‘O Globo’.
Rodrigues propôs o envio imediato de policias brasileiros, apoio de inteligência no tráfico de drogas e cursos de treino. Propõe igualmente “oferecer outros tipos de apoio” de acordo com as necessidades do Equador.