A economia portuguesa apresentou um excedente externo de 7.500 milhões de euros até novembro, que compara com o défice de 600 milhões de euros do mesmo período de 2022, disse esta quinta-feira o Banco de Portugal (BdP).

Apenas em novembro de 2023, o saldo das balanças corrente e de capital foi de 772 milhões de euros, mais 1.082 milhões de euros face ao mesmo mês de 2022.

A balança de bens e serviços apresentou um saldo excedentário “pouco expressivo” de nove milhões de euros, refere o Banco de Portugal , mas acima do saldo negativo de 920 milhões de euros de período homólogo. Para este resultado contribuiu o défice da balança de bens em 594 milhões de euros, para 1.758 milhões de euros, devido ao aumento das exportações, de 120 milhões de euros, e à redução das importações, de 474 milhões de euros.

Já o excedente da balança de serviços aumentou 335 milhões de euros, passando para 1.767 milhões de euros. Face ao período homólogo, as exportações de serviços aumentaram 7,8% e as importações diminuíram 3,9%.

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O Banco de Portugal explica que o aumento das exportações se deve sobretudo ao contributo das viagens e turismo (mais 138 milhões de euros), que totalizaram 1.367 milhões de euros. Este valor representa o mais elevado da série para o mês de novembro.

A balança de rendimento primário teve um excedente de 106 milhões de euros (foi de défice em novembro de 2022) e a balança de rendimento secundário reduziu o excedente para 403 milhões de euros. Também o excedente da balança de capital se reduziu para 253 milhões de euros.

A capacidade de financiamento da economia portuguesa em novembro de 2023 traduziu-se num saldo da balança financeira de 891 milhões de euros, refere ainda o Banco de Portugal.