O Japão tornou-se o quinto país do mundo a conseguir colocar um aparelho espacial na Lua, depois de a sonda SLIM (sigla para Smart Lander for Investigating Moon), da agência espacial japonesa, a JAXA, ter aterrado com sucesso no satélite da Terra.

A SLIM tocou na superfície lunar por volta das 15h30 desta sexta-feira, hora de Lisboa, quando eram já 00h30 de sábado em Tóquio.

Segundo a agência Reuters, a sonda encontra-se na superfície lunar após uma aterragem suave. O jornal The New York Times, por outro lado, esteve a acompanhar em direto a aproximação da sonda e conta que, numa primeira fase, ainda havia dúvidas sobre se a aterragem tinha sido bem sucedida ou se, pelo contrário, a sonda se tinha despenhado na superfície da Lua.

Durante largos minutos depois da aterragem, a transmissão em direto feita pela JAXA esteve interrompida, prometendo uma conferência de imprensa da parte dos responsáveis da missão para breve. Segundo a CNN, os responsáveis da agência espacial japonesa ainda estavam a verificar o estado da sonda, antes de promover uma conferência de imprensa para anunciar formalmente ao mundo a conquista.

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O Japão torna-se, assim, o quinto país a chegar à Lua, depois dos Estados Unidos, União Soviética, China e Índia — e entra naquela que já tem sido considerada a nova corrida à lua. No ano passado, a agência espacial japonesa tinha falhado uma primeira tentativa de fazer aterrar uma sonda na Lua. Em agosto, foi a vez de a Índia conseguir aterrar um dispositivo no satélite.

Por outro lado, a Rússia também tentou, em agosto do ano passado, fazer aterrar uma sonda na Lua pela primeira vez desde a queda da União Soviética, mas a tentativa foi frustrada. Os Estados Unidos estão igualmente envolvidos nestes esforços. A CNN explica que esta nova corrida ao espaço está uma motivação bem identificada: a ideia de que poderá existir água sob a superfície lunar.

Um dos objetivos desta sonda é o de testar a capacidade de uma pequena sonda aterrar num alvo muito preciso (com apenas 100 metros de largura). Os cientistas poderão demorar ainda alguns dias ou semanas a apurar a precisão desta aterragem para determinar se o objetivo foi cumprido.