Os nomes mais prováveis tornaram-se os nomes confirmados: André Villas-Boas anunciou esta quinta-feira que António Tavares e Angelino Ferreira serão os seus candidatos a presidente da Mesa da Assembleia-Geral e presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do FC Porto, respetivamente. De recordar que ambos já tinham estado presentes na apresentação da candidatura, há uma semana, na Alfândega do Porto.
“Com a apresentação do presidente da Mesa da Assembleia-Geral e do presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar, começamos um ciclo de apresentação dos rostos desta candidatura. Vamos fazê-lo com a calma e a tranquilidade de quem ainda tem pelo menos 10 semanas até ao ato eleitoral. Daqui a sensivelmente duas semanas apresentaremos o futuro administrador financeiro do FC Porto a todos os portistas”, disse André Villas-Boas, que terminou a citar o artigo 4.º, alínea 1 dos estatutos do clube, que indica que os sócios têm “o poder soberano de definir o rumo a seguir”.
António Tavares é atualmente provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, cargo que ocupa desde 2010, professor universitário e foi deputado à Assembleia da República pelo PSD entre 1985 e 1991. É licenciado em Direito e doutorado em Ciência Política, Cidadania e Relações Internacionais pela Universidade Lusófona do Porto.
Angelino Ferreira, porém, é um nome bem conhecido do universo do FC Porto e sempre foi o grande favorito a ficar com a pasta do Conselho Fiscal e Disciplinar da lista de André Villas-Boas. Foi vice-presidente dos dragões e administrador da SAD de 2010 e 2014, tendo saído em alegada rotura com a gestão e política financeira da estrutura encabeçada por Jorge Nuno Pinto da Costa, sendo substituído por Fernando Gomes. Atualmente, é administrador da Associação Empresarial de Portugal.
André Villas-Boas vai continuar a revelar os nomes da própria lista de forma faseada, existindo natural curiosidade sobre quem será o escolhido para liderar as finanças do FC Porto, que será então anunciado daqui a duas semanas. Villas-Boas inaugurou a sede de campanha esta quarta-feira, uma espécie de museu que conta com camisolas de vários antigos jogadores e muitos artefactos que recordam figuras históricas do clube — incluindo Sérgio Conceição e Pinto da Costa — e garantiu desde logo que não anda “a tentar recolher figuras ilustres”.
“Fizemos questão de tentar transmitir a ideia da importância de cada sócio. Aquele livro [de assinaturas] que está ali é apenas o segundo, alguns sócios assinaram no arranque na Alfândega. É um ato simbólico de grande significado, porque representa o apoio dos portistas a esta candidatura, portistas esses que serão determinantes em abril para imprimirem este sentimento de mudança que é necessário no FC Porto. Não andamos aqui a tentar recolher figuras ilustres. A casa está aberta, é uma casa dos sócios e ficamos muito contentes”, explicou, sendo que numa tarde foram desde logo recolhidas 326 assinaturas, mais do que as 300 que são o pressuposto legal para se apresentar às eleições de abril.