Dois homens armados atacaram uma igreja católica em Istambul, na Turquia, enquanto decorria a missa de domingo. Uma pessoa morreu, segundo revelou o ministro da Administração Interna. O ataque foi, entretanto, reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
Numa declaração na rede social X (antigo Twitter), o ministro da Administração Interna revelou que dois indivíduos com máscaras atacaram a Igreja de Santa Maria Draperis, na zona de Sariyer, por volta das 11h40 locais (8h40 em Lisboa). Ali Yerlikaya revelou que um homem de 52 anos morreu, adiantando que já tinha sido iniciada uma investigação.
Bugün Saat 11.40 sıralarında
Sarıyer Büyükdere Mahallesinde bulunan Santa Maria Kilisesindeki ayin sırasında,
ayine katılanlar içinde bulunan C.T.
maskeli 2 kişi tarafından silahlı saldırıya uğramış
ve maalesef hayatını kaybetmiştir.Konuyla ilgi geniş çaplı soruşturma ve…
— Ali Yerlikaya (@AliYerlikaya) January 28, 2024
Numa publicação posterior, o governante revelou que os atacantes já foram detidos pelas forças de segurança. “Os meus parabéns às autoridades de Istambul e aos polícias heroicos que identificaram e detiveram os perpetradores”, acrescentou.
A agência de notícias espanhola EFE noticiou, citando a agência Amaq, que o ataque foi levado a cabo “em resposta ao apelo dos líderes do Estado Islâmico para atacar judeus e cristãos em todo o lado”.
O presidente turco falou ao telefone com Anton Bulai, o pároco da igreja, que é gerida por uma ordem italiana de frades franciscanos, e também com o cônsul polaco em Istambul, Witold Lesniak, que estava presente na missa.
Papa manifesta “proximidade” à igreja onde aconteceu ataque na Turquia
O último ataque na Turquia atribuído ao jihadismo aconteceu na noite de ano novo de 2016 na discoteca Reina, em Istambul.
Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara de Istambul, Ekrem Imamoglu, apresentou as suas condolências e o seu apoio às minorias religiosas da cidade, que, tal como toda a Turquia, é maioritariamente muçulmana. “Não existem minorias nesta cidade ou neste país. Somos todos verdadeiros cidadãos”, afirmou, citado pela AP.
A vítima foi, entretanto, identificada pela família e autoridades como Tuncer Cihan, de 52 anos. Em declarações à AP, o sobrinho da vítima sublinhou que o tio foi apanhado no meio do ataque. “Era um homem com deficiência mental que não tinha qualquer ligação à política ou a organizações [criminosas]. Foi lá a convite e foi vítima do destino”, disse Cagin Cihan.