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João e o hábito do sorriso rebelde em dias de paz (a crónica do Benfica-Gil Vicente)

Este artigo tem mais de 6 meses

Cabral voltou a marcar, Aursnes regressou ao ataque e Bah parece estar em forma. Mas foi João Neves, com o sorriso rebelde do costume, a fazer a diferença na vitória do Benfica contra o Gil (3-0).

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O jovem médio encarnado marcou o segundo golo da vitória ainda na primeira parte

AFP via Getty Images

O jovem médio encarnado marcou o segundo golo da vitória ainda na primeira parte

AFP via Getty Images

Se excluirmos a eliminação da Taça da Liga contra o Estoril, onde o Benfica não perdeu no tempo regulamentar e apenas nas grandes penalidades, era preciso recuar até ao início de novembro e à visita à Real Sociedad na Liga dos Campeões para encontrar uma derrota dos encarnados. Ou seja, este domingo, a equipa de Roger Schmidt apresentava-se perante o Gil Vicente vinda de quase três meses sem perder, com 15 jogos seguidos sem derrotas e seis vitórias consecutivas para o Campeonato.

Um período muito positivo, que só tem tido paralelo nos triunfos consistentes que permitem ao Sporting continuar na liderança da Primeira Liga com mais um ponto do que o Benfica. A receção deste domingo ao Gil Vicente, porém, tinha um fator motivacional adicional: face ao adiamento do jogo dos leões devido à ausência do policiamento necessário e ao empate do FC Porto contra o Rio Ave, os encarnados sabiam que uma vitória significava a subida provisória ao primeiro lugar da classificação e a dilatação para seis pontos da vantagem em relação aos dragões.

Ficha de jogo

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Benfica-Gil Vicente, 3-0

20.ª jornada da Primeira Liga

Estádio da Luz, em Lisboa

Árbitro: Tiago Martins (AF Lisboa)

Benfica: Trubin, Alexander Bah, António Silva, Otamendi, Morato (Álvaro Carreras, 67′), Florentino, João Neves (Rollheiser, 86′), Di María (Tiago Gouveia, 78′), Rafa (David Neres, 67′), Fredrik Aursnes, Arthur Cabral (Marcos Leonardo, 78′)

Suplentes não utilizados: Samuel Soares, Tomás Araújo, Kökçü, João Mário

Treinador: Roger Schmidt

Gil Vicente: Andrew, Zé Carlos (Alex Pinto, 59′), Gabriel Pereira, Rúben Fernandes, Leonardo Buta, Jesús Castillo (Roan Wilson, 81′), Mory Gbane, Fujimoto, Maxime Dominguez (Afonso Moreira, 71′), Murilo (Tidjany Touré, 59′), Félix Correia (Ali Alipour, 59′)

Suplentes não utilizados: Kritciuk, Felipe Silva, Kazu, André Simões

Treinador: Vítor Campelos

Golos: Arthur Cabral (15′), João Neves (34′), Rafa (49′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Jesús Castillo (74′)

Na antevisão, Roger Schmidt deixou bem claro que a corrida pelo título vai durar até ao fim da temporada. “Temos de manter a nossa concentração total em todos os jogos. Espero uma luta pelo Campeonato até à última jornada. Todas as equipas são extremamente fortes, o Sporting continua muito bem, o FC Porto e o Sp. Braga também. Claro que também os outros jogos da Liga vão ser extremamente exigentes. Estou concentrado e focado, não tem nenhum efeito em mim se as outras equipas jogam antes e ganham ou se jogam depois. É verdade que precisamos de muitos pontos para vencer o Campeonato. O calendário é o que é, temos de aceitar e não faz sentido pensar nisso”, atirou o treinador alemão.

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Neste contexto, Schmidt fazia duas alterações face à equipa que venceu o Estrela da Amadora na Reboleira e lançava Alexander Bah e Florentino no onze inicial, deixando Kökçü e João Mário no banco e colocando Aursnes no setor ofensivo. Do outro lado, com muitos jogadores lesionados mas vindo de quatro jogos seguidos sem perder, Vítor Campelos apostava em Murilo, Fujimoto e Maxime Dominguez no apoio direto a Félix Correia.

O Benfica entrou no jogo a demonstrar desde logo que não pretendia adiar a vantagem e criar uma eventual ansiedade: ainda dentro dos primeiros cinco minutos, Di María cruzou na direita e Arthur Cabral cabeceou quase sozinho e ao poste da baliza de Andrew (5′). A partida só tinha um sentido, sem que o Gil Vicente conseguisse sequer passar do meio-campo através de um lance com pés e cabeça, e os encarnados iam aproveitando para assentar arraiais no último terço adversário.

À passagem do quarto de hora inicial, de forma natural, chegou o primeiro golo. Canto cobrado na direita por Di María e Arthur Cabral, novamente livre de marcação, cabeceou certeiro para abrir o marcador e marcar pelo segundo jogo consecutivo (15′). Os gilistas procuraram reagir ao golo sofrido, subindo as linhas e crescendo na partida de forma a condicionar a movimentação ofensiva do Benfica, mas a verdade é que a equipa de Roger Schmidt nem sequer precisava de acelerar muito para causar perigo.

Pouco depois da meia-hora, novamente na sequência de um canto de Di María na esquerda, os encarnados aumentaram a vantagem: Otamendi foi o primeiro a ganhar nas alturas, a bola sobrou para João Neves e o jovem médio ganhou no salto e ganhou no duelo para depois desviar para a baliza já em esforço (34′). Logo depois, ainda antes do intervalo, Arthur Cabral ficou muito perto de bisar ao rematar na área após assistência de Rafa, com Leonardo Buta a revelar-se crucial ao intercetar o pontapé do brasileiro (40′).

No fim da primeira parte, sem precisar de ser brilhante, o Benfica estava a vencer um Gil Vicente que ainda não tinha feito qualquer remate à baliza de Trubin e ainda nem sequer se tinha aproximado com perigo da grande área adversária. A equipa de Vítor Campelos mostrava-se apática na Luz, bem longe da exibição que complicou a vida aos encarnados em Barcelos ainda na primeira volta, e o conjunto de Roger Schmidt ia aproveitando para ter um final de tarde bastante tranquilo.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do Benfica-Gil Vicente:]

Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo e o Benfica nem sequer precisou de cinco minutos para aumentar a vantagem. Já depois de Arthur Cabral ficar novamente perto de bisar com um cabeceamento para as mãos de Andrew (48′), Rafa fez o terceiro golo dos encarnados: Morato e Aursnes combinaram muito bem na esquerda, o norueguês cruzou atrasado já na grande área e o avançado surgiu a rematar rasteiro para marcar (49′).

Vítor Campelos reagiu à desvantagem com uma tripla substituição, lançando Alex Pinto, Touré e Ali Alipour de uma vez, mas a lógica do jogo manteve-se. O Benfica ia controlando sem qualquer solavanco, gerindo a posse de bola e o resultado sem que o Gil Vicente tivesse a mínima capacidade de se aproximar da baliza de Trubin, e Rafa ficou perto de bisar neste período com um remate de trivela que Andrew defendeu (60′).

Roger Schmidt mexeu pela primeira vez a pouco mais de 20 minutos do fim, trocando Morato e Rafa por Álvaro Carreras e David Neres, e aproveitou o resultado confortável para dar cerca de um quarto de hora de jogo a Marcos Leonardo e Tiago Gouveia. O Gil Vicente ainda conseguiu obrigar Trubin às únicas intervenções na partida nos últimos minutos, com remates de Afonso Moreira (76′), Castillo (80′) e Touré (85′) que o guarda-redes ucraniano teve de parar, mas já pouco mais aconteceu.

No fim, o Benfica venceu o Gil Vicente na Luz e subiu à liderança provisória da Primeira Liga, tendo agora mais dois pontos do que o Sporting mas também mais um jogo do que os leões. Num dia em que Arthur Cabral deu continuidade ao momento positivo, em que Di María e Aursnes estiveram em bom plano e em que Alexander Bah cumpriu 90 minutos de muita qualidade depois da longa ausência por lesão, João Neves não deixou de assumir preponderância: marcou um golo, foi o pêndulo do costume no setor intermédio e aproveitou a segurança que Florentino dá nas costas para ser um apoio ainda maior à movimentação ofensiva da equipa.

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