O Hospital Santa Maria, no Porto, começa este mês a realizar cirurgia de substituição da anca e do joelho com recurso a um braço robótico, uma tecnologia que permitirá aumentar a precisão da intervenção, foi, esta terça-feira, descrito à Lusa.

“A eficácia de uma prótese depende da sua colocação dentro do doente. Quanto melhor ficar colocada, melhor a funcionalidade, melhor a sobrevida e a qualidade de vida e o tempo que a prótese dura. Este braço permite uma maior precisão na colocação dos implantes e escolha prévia da melhor opção de prótese, uma vez que é feito um modelo 3D”, escreveu o diretor clínico do hospital, Rui Pinto.

Salvaguardando que “a opinião e a orientação do cirurgião” têm sempre o papel mais importante, o médico referiu que “esta é uma cirurgia que se faz atualmente com muita precisão”. Uma precisão que aumenta conforme a experiência do cirurgião, mas que pode aumentar “ainda mais, conseguindo resultados muito melhores”.

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“Este braço robótico permite normalizar muitos resultados”, resumiu.

Um dos principais objetivos deste equipamento é o tratamento das doenças osteo articulares, com artroplastia da anca e do joelho.

Outra das vantagens é a necessidade de fazer incisões mais pequenas do que as realizadas na cirurgia tradicional, “logo com menos dor para o doente que, assim, beneficia de uma recuperação mais rápida”.

Além da precisão e da segurança, o objetivo é conduzir “a uma menor exposição e um menor dano nos tecidos moles, uma maior conservação do osso, o que, por sua vez, permite reduzir o erro e aumentar a confiança na cirurgia”, lê-se num resumo enviado à Lusa.

O que diferencia este braço robótico de tecnologia semelhante é que, o MAKO recorre a marcadores do doente e a algoritmos que reproduzem o modelo de articulação do doente, sendo um robot ortopédico que utiliza a TAC do doente para reproduzir um modelo 3D da articulação.

A tecnologia que utiliza, a Accustop, garante que o braço robótico não ultrapassa as margens de ação definidas previamente pelo cirurgião, protegendo todas as estruturas fundamentais da articulação e evitando a agressividade de exposições de estruturas desnecessárias.

O robot MAKO é instalado, esta terça-feira, neste hospital do Porto e, estando concluída a certificação dos cirurgiões e instrumentistas, começa a funcionar até ao final do mês.

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Sem precisar números, e salvaguardando que se tratam de previsões a adaptar à procura e necessidade, Rui Pinto disse que a capacidade do hospital para a realização desta cirurgias pode chegar às 1.000/1.200 intervenções por ano.