A guarda costeira filipina acusou este domingo a China de realizar “manobras perigosas” durante uma patrulha de nove dias ao largo da costa do arquipélago.
Navios da guarda costeira chinesa “realizaram manobras perigosas e bloqueios em quatro ocasiões” contra um barco-patrulha filipino, denunciou Manila em comunicado.
O barco-patrulha BRP Teresa Magbanua foi destacado no início de fevereiro para “garantir a segurança dos pescadores filipinos” em torno do recife de Scarborough no mar do Sul da China, cerca de 350 quilómetros oeste de Manila. A China assumiu o controlo deste recife em 2012, depois de as marinhas dos dois países se terem confrontado.
Durante a missão, o barco-patrulha foi seguido por quatro navios da guarda costeira chinesa, ainda de acordo com as Filipinas.
A embaixada chinesa em Manila ainda não comentou o sucedido.
Pequim reivindica a quase totalidade do mar do Sul da China, incluindo águas e ilhas próximas das costas de países vizinhos, e tem ignorado uma decisão de um tribunal internacional, em 2016, que rejeitou esta reivindicação, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP).
Filipinas, Brunei, Malásia, Taiwan e Vietname também reivindicam vários recifes e pequenas ilhas neste mar, algumas das quais podem conter reservas de petróleo.
Em dezembro, um barco filipino e um navio da guarda costeira chinesa colidiram nas águas das ilhas Spratly, perto do atol de Second Thomas, onde tem base uma guarnição filipina. Os dois países culparam-se mutuamente pelo incidente.