O FC Porto necessitará de “fazer mais” na visita ao Gil Vicente, no domingo, da 23.ª jornada da I Liga de futebol, relativamente à derrota sofrida em Arouca (3-2), da 21.ª, reconheceu este sábado o treinador Sérgio Conceição.
“O Gil Vicente está a fazer um campeonato tranquilo, vem de uma boa vitória na casa do Estoril Praia, tem um treinador que eu conheço bem e com alguma experiência nestas andanças e uma equipa com atletas muito interessantes e de qualidade. Espera-nos um jogo difícil e igual a tantos outros do campeonato, dentro das dificuldades que pudemos constatar há bem pouco tempo. Teremos de fazer mais do que fizemos na nossa última deslocação para alcançar os três pontos”, disse o técnico.
Com duas derrotas e um empate nas últimas quatro partidas realizadas longe do Dragão para a I Liga, o FC Porto regressará à ação quatro dias depois da vitória caseira ante os ingleses do Arsenal (1-0), da primeira mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões.
“Grupo prevenido para os obstáculos da I Liga? É o nosso trabalho. Há que passar essa mensagem e perceber que a nossa Champions é o campeonato. A maneira como se trabalha e olhamos para cada duelo tem de ser sempre igual. Agora, todos os jogos são diferentes. Temos de estar num patamar bem acima do que fizemos em Arouca”, frisou.
Sérgio Conceição admitiu gerir a fadiga de alguns atletas, mas sem distanciar o foco do embate em Barcelos, ao qual os dragões chegam no terceiro posto, a sete pontos dos líderes Benfica e Sporting, que tem menos um jogo, e com uma “margem de erro nula”.
“Uma coisa é lutar com um oponente, outra coisa é estar a lutar contra dois. Como disse depois do jogo com o Arouca, aqui ninguém desiste ou atira a toalha ao chão. Sabemos dessas dificuldades e de que todos os jogos têm de ser autênticas finais. Não podemos vacilar, porque corremos verdadeiramente o risco de perder o objetivo principal”, notou.
Questionado sobre o plano estratégico implementado com sucesso face ao Arsenal, que consistiu numa “pressão mais média ou média/alta na maior parte do tempo”, o treinador lembrou que essa abordagem já foi utilizada pelo FC Porto em jogos de provas internas.
“Tem muito a ver com aquilo que queremos bloquear no adversário através de uma boa organização defensiva e com os espaços que queremos explorar mal ganhamos a bola. Está tudo ligado, mas os desafios não são iguais. Acreditem que o Arsenal vai criar-nos problemas diferentes no próximo jogo [dos ‘oitavos’ da Liga dos Campeões] e temos de saber resolvê-los, tal como nós também vamos provocar problemas diferentes”, avaliou.
A primeira mão com o vice-campeão inglês e terceiro classificado da Premier League foi sentenciada aos 90+4 minutos, quando Galeno rematou em arco de fora da área e selou um triunfo surpreendente do FC Porto, passando a ser um dos melhores marcadores da Champions esta época, com cinco golos, contra os quatro acumulados a nível nacional.
“Rendimento díspar? Acho que é uma falsa questão. Não vou nessa onda de que ele só joga bem na Liga dos Campeões porque tem espaço. Às vezes, não há espaço nenhum. Os jogadores precisam de perceber, dentro da organização e dinâmica da equipa, como podem utilizar as suas características nos diferentes momentos do encontro. Não estou nada de acordo com esse selo que colocaram ao Galeno”, comentou Sérgio Conceição.
Wendell evoluiu este sábado para treino integrado condicionado, ao passo que Gonçalo Ribeiro, Marcano, Taremi e Zaidu – deve ser submetido a intervenção cirúrgica na segunda-feira para corrigir uma rotura ligamentar do joelho esquerdo – permaneceram em tratamento.
O FC Porto, terceiro classificado, com 48 pontos, defronta o Gil Vicente, 10.º, com 25, no domingo, a partir das 18h00, no Estádio Cidade de Barcelos, em Barcelos, em desafio da 23.ª ronda do campeonato, sob arbitragem de Fábio Veríssimo, da associação de Leiria.