O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou este sábado na cimeira do G7 que o seu país conta com a ajuda das potências democráticas para proteger o povo ucraniano e derrotar a Rússia na guerra que cumpre este sábado dois anos.
“Contamos convosco”, disse Zelensky, que reafirmou a sua confiança numa “vitória comum” dos países aliados sobre a Rússia, perante os primeiros-ministros de Itália e do Canadá, Giorgia Meloni e Justin Trudeau, e pela presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, que hoje visitaram a capital ucraniana por ocasião do segundo aniversário do início da invasão russa na Ucrânia.
“É frequente ouvirmos dizer que a história nos observa, e é absolutamente verdade”, afirmou o líder ucraniano sobre a importância histórica do momento que o seu país atravessa.
Dirigindo-se a todos os líderes do G7 (bloco das sete maiores economias mundiais) – os que não estiveram presentes em Kiev, acompanharam o discurso à distância – o chefe de Estado ucraniano acrescentou que deverão estar conscientes das necessidades da Ucrânia para se proteger dos ataques aéreos, reforçar as suas tropas terrestres, e combater a Rússia também no mar.
“Lembrem-se que as ambições imperiais e o revanchismo só terminam com a derrota daqueles que estão infetados com eles, e que só este resultado conduz à verdadeira segurança e ao progresso democrático”, considerou o Presidente ucraniano.
Meloni, Trudeau e Von der Leyen visitaram hoje Kiev para reafirmar a continuidade da sua ajuda.
O G7 integra Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. A União Europeia também está representada.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
O conflito — que entra agora no terceiro ano — provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares.