O julgamento do ator norte-americano Alec Baldwin por homicídio involuntário no caso do tiro fatal contra a diretora de fotografia Halyna Hutchins, durante as filmagens do filme Rust, está marcado para 10 de julho, decidiu um juiz do Novo México esta segunda-feira, revelou a Reuters.
Hutchins morreu em outubro de 2021 quando o revólver que Baldwin segurava disparou um tiro que também feriu o realizador Joel Souza. Baldwin, que sempre afirmou que nunca puxou o gatilho do revólver que segurava, mas que este detonou devido a uma falha mecânica, foi absolvido das acusações de homicídio involuntário em abril do ano passado. Na base da defesa estava a tese de que a arma que utilizou poderia ter sido modificada, permitindo-lhe disparar sem que o gatilho fosse premido.
Contudo, em Outubro, os procuradores do caso anunciaram que iriam pedir a um grande júri que considerasse se Baldwin deveria ser novamente acusado criminalmente pelo que aconteceu. O caso foi reaberto em janeiro, depois de ter chegado à justiça uma nova análise à arma do crime. Essa análise forense, independente, concluiu que Baldwin teria de ter pressionado o gatilho para disparar o tiro que vitimou Hutchins — contrariando a tese de que a arma se tinha disparado sozinha. No início de fevereiro, o ator voltou a declarar-se inocente num tribunal do sudoeste dos EUA.
A responsável de armas usadas na produção, Hannah Gutierrez, também enfrenta acusações de homicídio involuntário e de adulteração de provas. Escreve a agência Reuters que Gutierrez disse à polícia que carregou a bala na arma de Baldwin, confundindo-a com uma bala falsa. Os advogados de Gutierrez afirmam que a responsável de armas está a ser considerada bode expiatório pelo facto de o ator não ter seguido as regras básicas de segurança das armas de fogo.