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Galeno, o jogador de mão cheia que enche as medidas de Sérgio (a crónica do FC Porto-Benfica)

Dragões foram sempre melhores do que os encarnados, viram Galeno bisar e Otamendi ser expulso com meia-hora por jogar e golearam o Benfica, encurtando para 6 pontos a distância para o 2.º lugar (5-0).

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O avançado dos dragões marcou dois golos e fez uma assistência no Clássico

Getty Images

O avançado dos dragões marcou dois golos e fez uma assistência no Clássico

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Era um Clássico. E como em todos os Clássicos, dérbis e jogos grandes, o que parecia absolutamente verdade no apito inicial podia tornar-se mentira no final do jogo, assim como tudo o que parecia mentira na primeira podia tornar-se verdade na segunda. Este domingo, no Dragão e entre FC Porto e Benfica, nada poderia ser dado como garantindo — principalmente quando existiam nove pontos de distância entre as duas equipas e o Sporting já tinha cumprido e vencido.

Do lado do FC Porto, Sérgio Conceição sabia que o jogo era decisivo. Em caso de derrota, os dragões ficavam a 12 pontos do Benfica e a 10 do Sporting, sendo que os leões têm até menos uma partida disputada, e os dois meses que restam do Campeonato não parecem suficientes para reconquistar uma desvantagem tão alargada. Ou seja, por muitas voltas que pudesse dar, o FC Porto sabia que tinha de ganhar.

Ficha de jogo

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FC Porto-Benfica, 5-0

24.ª jornada da Primeira Liga

Estádio do Dragão, no Porto

Árbitro: João Pinheiro (AF Braga)

FC Porto: Diogo Costa, João Mário (Jorge Sánchez, 83′), Pepe, Otávio, Wendell, Nico González (Stephen Eustáquio, 83′), Alan Varela, Francisco Conceição (Toni Martínez, 88′), Pepê, Galeno (Iván Jaime, 83′), Evanilson (Danny Namaso, 83′)

Suplentes não utilizados: Cláudio Ramos, Fábio Cardoso, Marko Grujic, Gonçalo Borges

Treinador: Sérgio Conceição

Benfica: Trubin, Fredrik Aursnes, António Silva, Otamendi, Morato (Álvaro Carreras, 45′), João Neves, João Mário, Kökçü (Florentino, 45′), Di María (David Neres, 57′), Rafa (Tomás Araújo, 63′), Tengstedt (Arthur Cabral, 57′)

Suplentes não utilizados: Samuel Soares, Benjamín Rollheiser, Marcos Leonardo, Tiago Gouveia

Treinador: Roger Schmidt

Golos: Galeno (20′ e 44′), Wendell (55′), Pepê (75′), Danny Namaso (90+1′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a Morato (32′), a Otamendi (52′ e 61′), a Nico González (79′); cartão vermelho por acumulação a Otamendi (61′)

Do lado do Benfica, Roger Schmidt sabia que o jogo era um momento capital. Em caso de derrota, os encarnados ficavam a um ponto da liderança isolada do Sporting e com menos uma partida do que os leões, uma posição desconfortável para quem ainda tem de ir a Alvalade no início de abril. Ou seja, por muitas voltas que pudesse dar, o Benfica sabia que tinha de ganhar.

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Neste contexto, o treinador dos dragões não surpreendia e lançava o onze inicial que tem tido maior regularidade, com Otávio ao lado de Pepe, Nico González no meio-campo com Alan Varela e Pepê, Galeno e Francisco Conceição no apoio a Evanilson. Do outro lado, o treinador dos encarnados nem sequer tinha Alexander Bah no banco, apostava em Aursnes na direita da defesa e Morato na esquerda e dava a titularidade a Tengstedt em detrimento de Neres, com Kökçü a aparecer aberto na ala e João Mário a ficar no setor intermédio.

O FC Porto começou melhor e não demorou a mostrar ao que ia, com Pepê a cabecear para Trubin encaixar logo nos instantes iniciais (2′). Os dragões movimentavam-se essencialmente pelo corredor direito, com Pepê e Francisco Conceição a causarem muitas dificuldades a Morato, e o Benfica demonstrava alguma incapacidade para sair a jogar e corresponder à pressão alta e agressiva do adversário. Tengstedt ainda teve uma boa oportunidade para marcar, ao atirar por cima depois de surgir nas costas da defesa (13′), mas a verdade é que a superioridade da equipa de Sérgio Conceição era inegável.

Pouco depois de desperdiçar uma ocasião clara, ao atirar ao lado no coração da grande área (14′), Galeno conseguiu mesmo abrir o marcador. Canto cobrado na direita, Morato desviou no meio da confusão e o avançado, completamente sozinho ao segundo poste, atirou de primeira para bater Trubin (20′). O FC Porto capitalizava o ascendente e colocava-se em vantagem, com Francisco Conceição (24′) e Pepê (25′) e obrigarem o guarda-redes ucraniano a intervenções atentas logo depois.

O Benfica começou a reagir a partir da meia-hora, subindo as linhas e elevando-se no terreno, passando a atuar com maior propriedade no meio-campo adversário. Rafa teve uma boa oportunidade para empatar com um remate que Diogo Costa defendeu (34′), assim como Di María também ameaçou o golo com um pontapé em jeito (35′), mas os encarnados não conseguiam chegar com perigo à baliza com frequência e tinham muitas fragilidades defensivas sempre que os dragões lançavam o contra-ataque.

Já em cima dos descontos, quando ambas as equipas pareciam já pensar no intervalo, Galeno bisou. Francisco Conceição voltou a desequilibrar na direita e cruzou para o poste mais distante, onde Evanilson ganhou a Aursnes nas alturas e assistiu o avançado, que aproveitou a passividade de António Silva e atirou para voltar a bater Trubin (44′). No fim da primeira parte, o FC Porto estava a vencer o Benfica de forma justa e justificada — e os encarnados teriam de fazer muito mais para ir atrás do resultado.

[Carregue nas imagens para ver alguns dos melhores momentos do FC Porto-Benfica:]

Roger Schmidt mexeu logo ao intervalo e tirou Morato e Kökçü para lançar Álvaro Carreras e Florentino, respondendo ao cartão amarelo do brasileiro e colocando João Mário numa posição mais elevada do terreno. O Benfica entrou melhor na segunda parte, apesar de continuar sem conseguir esconder alguns erros de posicionamento na transição defensiva, e o FC Porto soube aproveitar os espaços que o adversário permitia para voltar a ser muito eficaz.

Num lance em que Aursnes teve de fechar linhas ao meio e Di María não recuou para ajudar no processo defensivo, Galeno abriu na esquerda, cruzou atrasado para a área e viu Wendell rematar para bater Trubin, com a bola a desviar ainda em Florentino (55′). Schmidt respondeu com mais uma dupla substituição, trocando Di María e Tengstedt por Neres e Arthur Cabral, mas nada corria bem ao Benfica: Otamendi viu dois cartões amarelos em menos de 10 minutos e foi expulso, deixando a equipa com menos um elemento com ainda meia-hora por disputar.

O treinador encarnado procurou voltar a montar a equipa com a entrada de Tomás Araújo para o eixo defensivo, abdicando de Rafa no ataque, mas o FC Porto ia insistindo e ficou muito perto de chegar à goleada com um cabeceamento de Nico que passou ao lado (63′). Os dragões foram controlando as ocorrências, sem necessidade para acelerar muito mas permitindo muito pouco ao Benfica, e o expectável quarto golo acabou por aparecer por intermédio de Pepê, que rematou cruzado já na área depois de um grande passe vertical de Nico (75′).

Sérgio Conceição só fez substituições já dentro dos últimos 10 minutos, lançando Jorge Sánchez, Eustáquio, Iván Jaime e Danny Namaso de uma vez, e ainda assistiu ao quinto golo nos descontos, com o jovem avançado inglês a cabecear sozinho na área depois de um cruzamento vindo da direita (90+1′). No fim, o FC Porto goleou o Benfica no Dragão, encurtou para seis pontos a distância para o segundo lugar e deixou o Sporting isolado na liderança do Campeonato com mais um ponto do que os encarnados e menos um jogo — tudo num dia em que Galeno bisou, assistiu e mostrou que é cada vez mais um jogador de dias especiais.

 
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