A Adidas contabilizou um prejuízo de 75 milhões de euros em 2023, contra um lucro de 612 milhões no ano anterior, anunciou esta quarta-feira o fabricante de artigos desportivos alemão.
O prejuízo registado em 2023 ficou a dever-se à queda das receitas motivada pelo fim da sua colaboração com o rapper norte-americano Kanye West e pela redução dos seus inventários, justifica a multinacional em comunicado.
O volume de negócios, por seu turno, caiu 5% em 2023, para 21.427 milhões de euros, face ao ano anterior, depois de terem deixado de entrar cerca de 500 milhões com o fim do seu negócio com Kanye West, cujos artigos comercializava sob a marca Yeezy.
No último trimestre do ano passado, a Adidas registou um prejuízo de 379 milhões de euros, mais 25,9% do que no ano precedente, enquanto as receitas diminuíram 7,6% para 4.812 milhões de euros.
O resultado operacional bruto (Ebitda) caiu 28% em 2023, para 1.358 milhões de euros, em termos homólogos.
Para este ano, a empresa prevê regressar ao crescimento das receitas com a expansão do seu franchising e da alavancagem de uma gama de artigos, pelo que as suas vendas deverão crescer a uma taxa média de um dígito se conseguir vender o restante inventário Yeezy a preço de custo.
Além disso, espera alcançar um lucro operacional de cerca de 500 milhões de euros, após o impacto dos efeitos cambiais desfavoráveis e num contexto de desafios macroeconómicos e tensões geopolíticas.
A empresa vai propor à assembleia geral de acionistas o pagamento de um dividendo de 0,7 euros referente a 2023.