A prestação da casa paga ao banco vai, em abril, reduzir-se 12 euros para os contratos indexados à Euribor a seis mas apenas um euro para contratos com Euribor a três meses, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.

Este é o terceiro mês em que há redução das prestações dos créditos indexadas às Euribor a seis e três meses, depois de quase dois anos a subirem. Contudo, há diferentes comportamentos devido à diferente evolução das Euribor nos vários prazos relacionados com as expectativas acerca do que o Banco Central Europeu (BCE) fará.

Enquanto a Euribor a seis meses baixou da média de 4,030% em fevereiro para 3,895% em março já a média da Euribor a três meses permaneceu em 3,923%, pois os mercados ajustaram as suas expectativas e já não acham que o BCE volte a cortar as taxas de juro em março, mas apenas em junho. Já a média da Euribor a 12 meses subiu em março para 3,718%.

Segundo as simulações para a Lusa da Deco/Dinheiro&Direitos, um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um spread (margem de lucro do banco) de 1%, vai pagar a partir de abril 795,63 euros, o que significa menos 12,35 euros do que paga desde outubro.

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Já no que diz respeito aos empréstimos indexados à Euribor a três meses, a prestação da casa — para as mesmas condições — desce para 798,19 euros, menos 1,09 euros mensais face à última revisão, em janeiro.

No caso dos contratos indexados à Euribor a 12 meses revistos em abril ainda há um aumento da prestação uma vez que este mês a média da taxa Euribor a 12 meses ainda foi mais alta do que em abril de 2023.

Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a 12 meses e com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, vai pagar a partir de março 779,58 euros, mais 6,39 euros face ao que pagava desde abril de 2023.

A média da Euribor considerada para efeitos de revisão de um empréstimo de taxa variável é a do mês anterior ao da assinatura do contrato de crédito.

Os analistas da “fintech” Ebury (especialista em gestão de pagamentos internacionais), citados pela agência Efe, estimam que melhores notícias para quem tem hipotecas chegarão mais tarde do que o previsto e que se terá de esperar até junho para quedas das Euribor mais significativas e dependendo sempre de dados sobre a evolução da economia (desde logo inflação e salários).