Artur Soares Dias, Fábio Veríssimo, João Pinheiro, de novo Artur Soares Dias. No quarto dérbi da época, o árbitro da Associação de Futebol do Porto voltou a ser o nomeado para dirigir o encontro entre o Sporting e o Benfica depois de uma primeira partida na Luz para o Campeonato marcada pela expulsão de Gonçalo Inácio logo a abrir a segunda parte mas que não teve propriamente muitos casos à mistura. Esta noite, em Alvalade, a realidade foi diferente. E embora o encontro tenha terminado sem que nenhuma das partes fizesse uma abordagem direta à arbitragem, foram vários os lances que motivaram protestos das duas equipas.
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As dúvidas começaram literalmente no primeiro minuto e no primeiro golo do Sporting, marcado por Geny Catamo. Depois do cruzamento de Pedro Gonçalves da esquerda com desvio de Trubin a não conseguir tirar o perigo da área, os jogadores encarnados ficaram a pedir fora de jogo de Gyökeres no lance por ter intervenção direta na sua sequência mas as linhas do VAR acabaram por colocar o sueco em posição legal. Pouco depois, o mesmo Geny Catamo caiu na área e viu o primeiro amarelo do jogo por simulação na área (4′). Os cartões seguintes surgiram quase como uma espécie de aviso aos jogadores de que não iria tolerar ânimos mais exaltados, com Otamendi e Hjulmand a verem também cartões após terem ficado “pegados”.
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O primeiro grande caso do jogo estava a chegar. Na sequência de um remate de Di María que bateu em Pedro Gonçalves e saiu para canto, o argentino e o português ficaram “pegados” antes de o esquerdino esticar o braço de mão fechada e atingir o jogador dos leões (33′). Após ouvir a interpretação do VAR, Artur Soares Dias foi deixar apenas um aviso ao sul-americano, sem qualquer tipo de admoestação e com o banco do Sporting a pedir cartão vermelho direto ao jogador dos encarnados. Até ao intervalo, Bah iria fazer o 1-1 na sequência de um livre lateral onde a situação de Otamendi na jogada foi analisada sem qualquer infração.
No segundo tempo, foi Hjulmand que assumiu o protagonismo nos protestos do Benfica, primeiro num lance em que Tengstedt ficou no chão (68′) e depois numa falta sobre Fredrik Aursnes que travou uma transição dos encarnados mas que não teve o segundo amarelo pedido ao médio dinamarquês (73′). O trabalho (e os protestos) de Artur Soares Dias não ficaria por aí, com Otamendi e Daniel Bragança a ficarem a pedir uma falta na área nos dez minutos finais antes da expulsão de Aursnes por acumulação por falta sobre Koba.