Uma corrida de estreia no Qatar onde ficou sem pontos na sprint e não resgatou mais do que um 15.º lugar na prova principal, um segundo capítulo da nova temporada em Portugal onde voltou a não fazer pontos na sprint e só teve uma ligeira melhoria no dia seguinte com uma nona posição. Contas feitas, os oito pontos nas duas primeiras paragens no Mundial de MotoGP e o 14.º posto na classificação geral traziam sinais positivos de progressão mas ficavam aquém daquilo que Miguel Oliveira e a própria Trackhouse Racing projetaram para esta época, ainda que sem sinais de alarme. “Não tem obtido os resultados que sabemos poder alcançar”, tinha assumido Davide Brizio, chefe da equipa norte-americana, antes da paragem em Austin.
O piloto português voltava a ter o “seu” segundo Grande Prémio. Sem a popularidade, o apoio ou a atenção que concentra em Portimão, com o foco e a curiosidade de liderar a nova equipa do MotoGP que tem a sede principal nos EUA. Foi por isso que aproveitou para passar pela fábrica, ficando impressionado com todos os pormenores que envolvem a NASCAR. “Para mim era entrarem num carro e pilotarem sempre curvas para a esquerda mas não fazia ideia da complexidade do equilíbrio do carro, da aerodinâmica e do quão pouco podem fazer ao carro tecnicamente. Pilotámos no simulador e consegues sentir a dificuldade que é ser competitivo aqui”, comentou Miguel Oliveira depois de uma das ações que teve antes de entrar em pista.
“Estou ansioso pelo Grande Prémio de casa da equipa. O ano passado fui relativamente competitivo nos lugares dentro do top 10 e com o progresso que fizemos com a moto em Portimão, estou esperançado que, ao dar outro passo na direção certa, podemos competir por mais. É sempre um Grande Prémio bom e este ano vai ser ainda mais especial ao levar a bandeira americana connosco”, referiu depois sobre a prova, recordando o ano de 2023 onde regressou após ausência na Argentina por lesão e conseguiu o primeiro fim de semana da carreira a pontuar na sprint (oitavo) e na corrida, onde terminou na quinta posição. “Estamos a fazer bons progressos e seria muito especial ter um fim de semana de sucesso. Temos as ferramentas para fazer isso em casa”, destacou também Justin Marks, o dono da Trackhouse Racing, antes dos treinos livres.
“Somos uma empresa americana mas uma marca global. Receber o MotoGP é muito especial para nós. Já vivemos uma semana incrível junto da equipa da NASCAR, agora vamos concentrar-nos na corrida. O Raúl [Fernández] e o Miguel [Oliveira] já exibiram uma velocidade promissora e temos uma oportunidade de lutar por um bom resultado. Temos as ferramentas para isso”, acrescentara Marks. No entanto, a primeira amostra acabou por não ser a melhor: na primeira sessão de treinos livres, que teve a Aprilia de Maverick Viñales com o melhor tempo (2.03,294), o português acabou por não ir além do 17.º registo com 2.04,514, a mais de um segundo da liderança e atrás do companheiro de equipa, Raúl Fernández (12.º com 2.04,272).
FP1 – MO88
P17 | 2’04.514#AmericasGP pic.twitter.com/q6uFzAonMP— Trackhouse MotoGP (@TrackhouseMoto) April 12, 2024
Na sessão vespertina, quase tudo mudou. Miguel Oliveira sentiu-se mais confortável com a moto, conseguiu andar mais e ocupou por vários minutos um lugar no top 10 que lhe garantia a entrada direta na Q2 mas viu esse primeiro objetivo esfumar-se nas derradeiras voltas de todos os pilotos, ficando no 11º lugar com o tempo de 2.02,466, à frente de Raúl Fernández (12.º) e só a 108 milésimos de segundo de Marco Bezzecchi, que fechou os dez primeiros. Jorge Martín foi o mais rápido com 2.01,397, seguido por Maverick Viñales e Marc Márquez. Pecco Bagnaia, Pedro Acosta, Aleix Espargaró, Franco Morbidelli, Enea Bastianini e Fabio Di Giannatonio conseguiram também entrar de forma direta na Q2 que se realiza este sábado.
So close to securing that sweet Q2 ticket. Tomorrow is another day ✊#AmericasGP pic.twitter.com/eIq5eg4fcK
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The fastest Friday ever at COTA! ????
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