Mais de um ano após ter sido libertado, Peter Murrell, marido da ex-primeira-ministra da Escócia Nicola Sturgeon, voltou a ser levado pela polícia. Em causa estão as mesmas razões que levaram à sua detenção de 5 de abril de 2023: uma investigação às finanças e doações do Partido Nacional Escocês. No entanto, desta vez, o cenário após as 12 horas de interrogatório é diferente. Em vez de ser apenas libertado, foi também acusado de desvio de fundos.

Esta quinta-feira, Peter Murrell, 59 anos, voltou a ser surpreendido pela polícia, que, no ano passado, fez buscas em sua casa e montou tendas no exterior. Após ter sido interrogado pelas autoridades, foi acusado de ligações ao desvio de fundos do partido, tendo depois sido libertado, por volta das 18h30.

Marido da ex-primeira-ministra da Escócia libertado pela polícia após 12 horas de interrogatório

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A Polícia da Escócia emitiu um comunicado após a detenção, em que disse que “o homem, que já tinha sido detido a 5 de abril de 2023, foi levado às 9h13 e está a ser interrogado pelos investigadores“, cita a Sky News. “O assunto permanece debaixo das leis sobre interferência nos processos judiciais, pelo que se aconselha o público a ter cuidado ao discuti-lo nas redes sociais“, pediram as autoridades, acrescentando que, “como a investigação está em curso, não podem fazer mais comentários neste momento”.

A lei diz que os investigadores têm 12 horas para interrogar o antigo chefe executivo do partido antes de formular uma acusação, de o libertar ou de pedir a um oficial um prolongamento de mais 12 horas.

Em causa está uma investigação iniciada em julho de 2021, intitulada Operação Branchform, que levou inclusivamente à detenção do ex-tesoureiro do partido, Colin Beattie, que, tal como Peter Murrell, acabou por ser libertado sem acusação, e à da própria ex-primeira-ministra e ex-líder do partido Nicola Sturgeon.

Nicola Sturgeon, que renunciou ao cargo em março de 2023, três meses antes de ser detida, assegurou ter a “certeza que não tinha feito nada de errado” e prometeu “colaborar totalmente” com as autoridades.

A investigação, levada a cabo após uma denúncia, serve para apurar qual o uso dado às mais de 600 mil libras (o equivalente a cerca de 680 mil euros) angariadas pelo partido para a realização de um segundo referendo sobre a independência escocesa. Segundo o mesmo jornal britânico, houve algumas pessoas a queixar-se que o dinheiro tinha sido usado indevidamente, tendo acabado por sido gasto noutros locais.

Notícia atualizada às 21h10 de 18 de abril de 2024 com informações relativas à acusação