Foi no restaurante Chiringuito, em Campo de Ourique, Lisboa, que cerca de 40 antigos governantes jantaram esta quinta-feira, numa homenagem a António Costa, antigo primeiro-ministro, organizada por João Pedro Matos Fernandes, ex-ministro do Ambiente.
Pedro Nuno Santos, Fernando Medina, José Luís Carneiro, Ana Mendes Godinho, Mariana Vieira da Silva, João Galamba, Alexandra Leitão e Marta Temido foram alguns dos convidados no jantar que muitos dos presentes descreveram como sendo de “amigos”.
“É um jantar de pessoas que trabalharam em conjunto e que se querem encontrar”, disse António Costa aos jornalistas, em declarações transmitidas pela CNN Portugal. A atualidade, nomeadamente a Operação Influencer, não mereceu praticamente quaisquer comentários do ex-primeiro-ministro. “Sobre esse assunto não falo. O meu advogado já disse o que tinha a dizer sobre essa matéria.”
Também o atual secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, não se quis alongar em comentários. Questionado sobre as eleições europeias, o socialista respondeu: “Não me ponham a falar sobre europeias”. Prometeu uma decisão para breve e não descartou António Costa como cabeça de lista. Isto se o antigo primeiro-ministro “quisesse”. “Se quisesse, podia ser.”
Quem não resistiu a comentar a atualidade política foi a antiga ministra da Saúde, Marta Temido. Considerando que o futuro do “país não está bem entregue”, a ex-governante colocou na mira o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Sobre a ida de António Costa para o Conselho Europeu, sugerida precisamente por Marcelo Rebelo de Sousa, Marta Temido atirou-se ao Presidente da República: “Eu pensei que estávamos em época que não se fazia declarações sobre vários assuntos, designadamente porque estávamos em silêncio e a preparar a campanha para as europeias”.
“Não percebi essas declarações”, atirou Marta Temido a Marcelo Rebelo de Sousa, acreditando que “será uma apreciação que muita gente fará”. A deputada socialista referia-se às declarações de Marcelo Rebelo de Sousa, que indicou que apenas decidiria a sua participação na comissão de inquérito no caso das gémeas após as europeias.
“Até 9 de junho não me pronuncio e depois olharei para a realidade e tomarei a decisão”, disse Presidente da República sobre o assunto.