O dia era de jogo, com o FC Porto a defrontar o Casa Pia em Rio Maior estando obrigado a voltar aos triunfos no Campeonato depois de uma série com duas derrotas e um empate para regressar à terceira posição, mas nem por isso deixou de haver declarações sobre o futuro dos dragões quando as eleições do clube estão já a menos de uma semana. Assim, e aproveitando a presença em Lisboa para o encontro da equipa de futebol, Pinto da Costa, presidente dos azuis e brancos e recandidato a um 16.º mandato, falou aos jornalistas numa unidade hoteleira da capital e voltou a enfatizar as razões que levaram a que voltasse a avançar.

“Se o clube fica bem entregue a Villas-Boas? Se achasse isso não me tinha candidatado… Consequências por uma não eleição? Não, eu não disse. Aquilo que disse é que quem votar em quem quer que seja será por isso responsável por tudo aquilo que a lista vencedora vier a fazer e na situação em que o clube ficar”, frisou. Respostas a perguntas de Villas-Boas sobre questões financeiras? Escreveu-nos como acionista e os estatutos dizem que, para os acionistas terem acesso a essas respostas, têm que ter pelo menos 10% do capital. Ele só tem 0,2%, por isso não tínhamos obrigação nenhuma de responder e optámos por não o fazer, porque sabíamos que se o fizéssemos seria para vir tudo para a praça pública e a vida do FC Porto é para ser discutida nas Assembleias Gerais”, salientou também Pinto da Costa sobre o principal adversário.

“As pessoas têm que acreditar que se reconhece o trabalho que fizemos nestes 42 anos, não fui eu sozinho, foram as equipas que me acompanharam. Mas não vamos votar nisso mas sim em projetos. O nosso projeto é conhecido e desde já anuncio que a Academia será apresentada na segunda feira às 15h30 à comunicação social. É um projeto ambicioso e se nós não ganhássemos naturalmente iria ser rasgado, como disse a outra campanha. É acreditar no projeto, acreditar nas modalidades. Estamos em primeiro lugar em todas as modalidades, hóquei em patins, andebol, basquetebol, voleibol. Vamos continuar a apostar nelas e no futebol, que é o motor de tudo o resto”, defendeu Pinto da Costa, citado pelo jornal O Jogo, antes de fazer uma separação entre o atual terceiro lugar na Liga e um eventual impacto negativo na sua candidatura.

“Toda a gente sabe que ninguém ganha sempre. O FC Porto tem ganho mais do que os outros. Acho que não vai ter importância. Vai ter importância é acreditarem no projeto e demos provas que somos capazes de ganhar títulos, de fazer grandes equipas e vamos ter uma remodelação grande na parte administrativa e financeira para que o clube daqui a quatro anos esteja realmente fácil de governar”, apontou o líder portista.

“O fair play financeiro, esse papão, é uma arma de arremesso da lista do senhor Villas-Boas com patrocínio de jornais que tudo fazem para que eu não seja eleito. Mas não vão ter sorte nenhuma porque já temos o documento da UEFA a dizer que está tudo em ordem e que vamos poder entrar nas competições europeias. Receio de não ser reeleito? Os prognósticos só no fim, como dizia o João Pinto. Agora é evidente que ele tem grandes apoios sobretudo na comunicação social. As redes sociais insultam toda a gente. Mas como quem vai votar não são esses, eu acredito que os sócios me vão escolher a mim”, concluiu.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR