A cumprir a última temporada da carreira, Rafael Nadal vai estrear-se esta quinta-feira no Open de Madrid e contra o adolescente Darwin Blanch — num jogo que fica na história pela maior diferença de idades entre dois tenistas num Masters 1000, 21 anos e 117 dias. O torneio espanhol tem sido naturalmente marcado pela despedida de Nadal, que já vincou que será a última vez que irá pisar a terra batida da capital.

“Jogar em Madrid é sempre muito bonito. Estou com vontade de voltar a jogar aqui. A semana tem sido boa, em alguns aspetos, e não tão boa, noutros aspetos. Não estou preparado para jogar a 100%, mas estou preparado para jogar. E isso é o mais importante, jogar pela última vez aqui em Madrid significa muito. Porque sim, acredito que será a última vez que vou jogar em Madrid”, disse o tenista em conferência de imprensa, esta quarta-feira, na antevisão da partida contra o norte-americano de apenas 16 anos.

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Mais à frente, quando questionado sobre que tipo de compromisso assume neste Open de Madrid, Nadal reconheceu que “é difícil” explicar qual é o cenário ideal. “O ideal seria jogar e não ter muitas limitações, mas é difícil. As sensações ao longo da semana não foram perfeitas. Talvez não devesse jogar amanhã, mas é Madrid e isso leva-me a ir por motivos pessoais. Não estou a querer dizer que estou a renunciar a alguma coisa nas próximas semanas, mas não é um processo ascendente”, acrescentou, garantindo que não irá marcar presença em Roland Garros se estiver nas atuais condições físicas.

“Não sei o que se vai passar nas próximas três semanas. Vou lutar e fazer de tudo para tentar jogar em Paris. Se conseguir, consigo. Se não conseguir, não consigo. Não vou jogar em Paris se estiver como estou, é essa a realidade. Vou jogar se me sentir capacitado para jogar bem. O mundo não acaba em Roland Garros, ainda que seja o torneio mais importante da minha carreira. Há os Jogos Olímpicos, em diferentes formados, e não vou fazer mais do que aquilo que posso”, terminou o espanhol de 37 anos, que entretanto já confirmou a presença na Laver Cup, que vai decorrer em setembro, o torneio onde Roger Federer terminou definitivamente a carreira em 2022.

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