O 68.º Festival Eurovisão da Canção, no qual competem 37 países, começa esta terça-feira, em Malmö na Suécia, com a primeira semifinal, em que é apresentada a canção “Grito”, de Iolanda, que este ano representa Portugal.
Nesta edição participam 37 países, mas na final, marcada para este sábado, irão competir apenas 26: dez são escolhidos hoje, na primeira semifinal, e outros dez são selecionados na quinta-feira, na segunda semifinal.
Além disso, há seis países, os chamados ‘Big Five’ (França, Alemanha, Espanha, Reino Unido e Itália) e o país anfitrião que têm entrada direta na final.
Na primeira semifinal do concurso, além de Portugal, cujo tema será apresentado em 14.º lugar, estarão em competição, por ordem de apresentação: Chipre, Sérvia, Lituânia, Irlanda, Ucrânia, Polónia, Croácia, Islândia, Eslovénia, Finlândia, Moldávia, Azerbaijão, Austrália e Luxemburgo.
De acordo com a média de várias casas de apostas, calculada pelo site eurovisionworld.com, especializado no concurso, Portugal tem probabilidades de passar à final.
No entanto, Portugal está longe de ser dado como potencial vencedor, surgindo entre o 30.º e o 35.º lugar nas casas de apostas desde que Iolanda venceu a final do Festival da Canção, em março.
Na segunda semifinal do Festival Eurovisão da Canção deste ano competem, por ordem de apresentação: Malta, Albânia, Grécia, Suíça, República Checa, Áustria, Dinamarca, Arménia, Letónia, São Marino, Geórgia, Bélgica, Estónia, Israel, Noruega e Países Baixos.
A participação de Israel gerou polémica, com vários apelos de representantes políticos e artistas europeus à União Europeia de Radiodifusão (UER), para que vetasse a participação daquele país devido à guerra na Faixa de Gaza.
No final de março, representantes de nove países, incluindo Portugal, assinaram uma carta na qual pediam um “cessar-fogo imediato e duradouro” na guerra de Israel na Palestina e o regresso de todos os reféns israelitas.
Representantes de Portugal e mais oito países no Festival Eurovisão pedem cessar-fogo em Gaza
Na carta, os artistas começavam por afirmar que reconhecem “o privilégio de participar na Eurovisão”, mas que não se sentem “confortáveis em ficar em silêncio” perante a “situação atual nos Territórios Palestinianos Ocupados, em particular em Gaza e em Israel”.
Além da representante de Portugal, assinaram esta carta os intérpretes da Irlanda, Noruega, São Marino, Suíça, Reino Unido, Dinamarca, Lituânia e Finlândia.
Na altura, a EBU recordou que o festival é um evento “apolítico”. No entanto, em 2022 foi decidida a expulsão da Rússia do concurso na sequência da invasão da Ucrânia.
Entretanto, no domingo, Iolanda apresentou-se na ‘passadeira turquesa’ (onde desfilam os representantes de todos os países, marcando assim o início dos espetáculos ao vivo do concurso), em Malmö, com um vestido de uma marca palestiniana e as unhas pintadas com o padrão do ‘keffiyeh’, um lenço que é símbolo da resistência palestiniana.
Israel foi o primeiro país não europeu a poder participar no concurso de música, em 1973, e ganhou quatro vezes, incluindo com a cantora transgénero Dana International, em 1998.
Embora não estejam em competição, na semifinal desta terça-feira serão apresentados os temas da Alemanha, Reino Unido e Suécia. Os representantes de Espanha, França e Itália atuam na segunda semifinal.
As semifinais acontecem esta terça-feira e na quinta-feira e a final no sábado, mas o festival já está a decorrer há alguns dias, com os participantes a participarem em ensaios, conferências de imprensa e numa série de atividades paralelas.
A semifinal desta terça-feira é exibida em direto na RTP1, na RTP Internacional e na RTP Play a partir das 20h00 de Lisboa.
Portugal ficou no ano passado em 23.º lugar no Festival Eurovisão da Canção, com Mimicat e a canção “Ai coração”.