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Uma fonte do movimento contactada pela Lusa afirmou que cerca de 20 estudantes estão bloqueados no interior do edifício C, de dois andares, da FCSH na Avenida de Berna em Lisboa para reivindicar um cessar-fogo imediato em Gaza e o fim ao fóssil até 2030.

Os estudantes “bloquearam-se no interior de um dos edifícios da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa para reivindicar um cessar fogo imediato e o fim ao fóssil até 2030”, refere o movimento num comunicado no Telegram.

“Um dos edifícios do Campus da NOVA FCSH na Avenida de Berna foi bloqueado por um grupo de estudantes identificado como ‘Estudantes pelo Fim ao Genocídio e pelo Fim ao Fóssil’, ultrapassando o que se pode entender como uma manifestação pacífica e colocando em risco os próprios manifestantes e os restantes membros da comunidade”, refere a direção da universidade, em comunicado.

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A FCSH afirma que a ação causou “danos no edifício bloqueado” e “o grupo arrombou a porta de acesso ao telhado, não permitiu a realização das aulas previstas e impediu o acesso de docentes aos respetivos gabinetes”.

A direção da Faculdade sublinha que tem mantido, desde o início, “um princípio de diálogo e compreensão em relação a este protesto, especialmente por defender causas de relevância indiscutível, no entanto, não pode deixar de manifestar a maior preocupação em relação ao evoluir da situação”.

“A NOVA FCSH apela ao bom senso dos estudantes envolvidos neste protesto, para que a linha de diálogo anteriormente aberta possa ser retomada” indica ainda.

No comunicado, os estudantes referem ainda que “esta ação surge no contexto de um levantamento estudantil que teve início nos Estados Unidos e que se espalhou para o resto do mundo” e que “várias escolas estão já ocupadas com o mote “End Fossil, End Genocide [Acabem com os fósseis, Acabem com o genocídio]“.

Este movimento estudantil reivindica ao Governo a defesa de um cessar-fogo imediato e incondicional e um plano que ponha fim ao uso de combustíveis fósseis até 2030 em Portugal”.

O movimento indica no comunicado que “depois de uma ocupação na faculdade de Psicologia, na Faculdade de Belas Artes e na FCSH, os estudantes anunciam que amplificarão o seu espaço de luta a mais faculdades nos próximos dias, e dizem que continuarão a resistir a quaisquer tentativas de repressão”.

Os estudantes também apelam a para que toda a sociedade se junte dia 8 de junho a uma marcha até ao Gabinete de Representação do Parlamento Europeu em Lisboa, onde pretendem denunciar a falta de resposta da União Europeia ao genocídio em Gaza e à crise climática.