As autoridades francesas anunciaram no sábado à noite o envio de mais 600 efetivos das forças de segurança para a Nova Caledónia, para recuperar o controlo de uma via que liga a capital do território ultramarino ao aeroporto.
O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, disse que vai ser lançada uma “grande operação” que envolve mais de 600 efetivos, dos quais 100 pertencem ao Grupo de Intervenção da Gendarmeria Nacional (GIGN), tropas de elite da polícia e da gendarmaria.
Numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter), o responsável notou que o objetivo da operação é “recuperar o controlo total da estrada principal de 60 quilómetros entre [a capital] Numeá e o aeroporto”, bem como “restabelecer a ordem republicana”.
Une grande opération de plus de 600 gendarmes, dont une centaine du GIGN, est lancée en ce moment même en Nouvelle-Caledonie visant à reprendre totalement la maîtrise de la route principale de 60 km entre Nouméa et l’aéroport. Courage et fermeté à nos gendarmes pour rétablir…
— Gérald DARMANIN (@GDarmanin) May 18, 2024
O anúncio foi feito três dias após 1000 efetivos das forças de segurança francesas terem chegado à ilha do Pacífico, para reduzir a tensão na sequência de tumultos que fizeram cinco mortos e levaram à detenção de 200 pessoas. O primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, confirmou na quinta-feira que mais de 1700 gendarmes já se encontravam no território.
Os incidentes na Nova Caledónia agravaram-se na segunda-feira, após ter sido apresentado um novo projeto de lei adotado em Paris, que determina que residentes franceses que vivem no arquipélago há dez anos sejam autorizados a votar nas eleições locais. Os líderes políticos locais temem que as forças da Nova Caledónia fiquem enfraquecidas com a nova medida.