A aplicação portuguesa Oscar angariou seis milhões de euros numa ronda de financiamento. A empresa, criada em 2019, permite contratar serviços para a casa em menos de 30 minutos, desde limpezas até pequenas reparações.

A ronda de financiamento foi coliderada pelas portuguesas Lince Capital e Indico Capital Partners. Teve ainda o apoio da Failup Ventures, Olisipo Way, Boost Capital Partners, Quiet Capital e dos fundadores do serviço de mobilidade Bolt e da Wolt, uma app de entrega de refeições.

A empresa vai usar o montante para “a consolidação das operações em Portugal e Espanha” e para a “expansão internacional para o resto da Europa”, é anunciado em comunicado, sem especificar mercados.

Em Portugal, a empresa criada por João Marques quer aumentar a equipa nas áreas de liderança e de tecnologia e expandir-se a mais pontos do país – já está em Lisboa, Porto, Coimbra e Setúbal e prepara-se para chegar a Braga, Leiria e Aveiro. No país vizinho, a aplicação de serviços quer chegar a mais cidades, depois da estreia na capital, Madrid.

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A aplicação, conhecida como o Oscar, no masculino, presta mais de 150 serviços a preços fixos. Através de algoritmos, liga os clientes a prestadores de serviços em menos de 30 minutos. A ideia surgiu quando o esquentador da casa do fundador se avariou. O engenheiro de software tentou chamar três técnicos diferentes para resolver o problema – sem sucesso. Identificou a falta de uma app que desse para contratar um serviço do género, decidiu abandonar o emprego e lançar-se na criação da startup.

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“Entre ter tido um problema com um equipamento na minha casa sem uma solução online eficaz até o Oscar alcançar a liderança do mercado Ibérico passaram-se três anos, o que demonstra bem o quão o mercado dos serviços para casa precisava de uma nova abordagem e disrupção”, diz o fundador e CEO João Marques. “Com a tecnologia certa e os parceiros certos, apoiados por uma incansável equipa de operações que assegura todo o suporte entre utilizadores e técnicos, o Oscar provou ser a solução ideal para quem não quer perder tempo com orçamentos e ter de lidar com atrasos, para além de ser um processo e modelo absolutamente transparente e que assegura o sucesso dos desafios das nossas casas.”

“O sucesso do Oscar revela a clara lacuna de oferta que existia neste sector, mas acima de tudo deve-se essencialmente à capacidade de execução da equipa de gestão, que tem conseguido aliar simultaneamente as necessidades dos clientes e dos técnicos, acrescentando valor a ambas as partes”, diz Francisco Formigal Pinto, fund manager na Lince Capital e membro do board do Oscar. A capital de risco foi um dos primeiros investidores da app.

Já Stephan Morais, presidente da Indico Capital Partners, realça que “o mercado dos serviços de reparação domésticos é difícil porque além da variabilidade de qualidade dos prestadores de serviço, estes têm a tendência para querer afastar a plataforma que lhes apresentou o cliente após a primeira interação”. Nesse sentido, destaca o “modelo de incentivos que minimiza este problema”, abrindo um “mercado gigante de conveniência e qualidade para os clientes e potencial de faturação para prestadores de serviços e a própria Oscar”.

A empresa diz que tem mais de 300 mil clientes entre Portugal e Espanha e uma carteira de 12 mil técnicos, entre canalizadores, eletricistas, profissionais de limpeza ou lavandaria.