894kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

20 anos de Teatro do Bairro e um monólogo "desconfortável": seis espetáculos para ver em junho

Bailado contemporâneo com gestos diretamente do Tiktok, um regresso a Brecht e uma reflexão: O que é ser uma artista popular? Eis destaques do teatro e da dança este mês.

Considerada por muitos como a mais representativa obra do teatro épico de Brecht, a peça "Mãe Coragem", escrita em 1939 durante o exílio do dramaturgo, é um dos destaques da reta final da temporada do CCB, em Lisboa
i

Considerada por muitos como a mais representativa obra do teatro épico de Brecht, a peça "Mãe Coragem", escrita em 1939 durante o exílio do dramaturgo, é um dos destaques da reta final da temporada do CCB, em Lisboa

Considerada por muitos como a mais representativa obra do teatro épico de Brecht, a peça "Mãe Coragem", escrita em 1939 durante o exílio do dramaturgo, é um dos destaques da reta final da temporada do CCB, em Lisboa

“Na Hora dos Cães”

Texto de Ana Carreira. Encenação de Nuno M Cardoso | Teatro Carlos Alberto, Porto, 6 a 9 de junho

É uma peça de teatro em três línguas a que se apresenta este mês no Teatro Carlos Alberto, no Porto, ou não fosse criada entre Portugal, França e Galiza. Na Hora dos Cães, com texto da galega Ana Carreira e encenação do português Nuno M Cardoso, surge a partir de um projeto intercâmbio entre teatros portugueses, franceses e galegos.

"Na Hora dos Cães" é o espetáculo da edição de 2024 do NÓS/NOUS, um projeto internacional que promove o intercâmbio da cultura teatral entre Portugal, Galiza e França, pensando-o como um território cénico comum

Inspirado na partilha de vivências dos jovens intérpretes de escolas destes três países, o espetáculo aborda questões ligadas à expressão da liberdade, da identidade, da rebeldia, da desobediência, do preconceito. Depois de se mostrar no Porto, segue para o Salón Teatro, na Galiza, e para o Les Célestins — Théâtre de Lyon, naquela cidade francesa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Teatro Carlos Alberto, Porto. 6 a 9 de junho. Quinta-feira e sábado, às 19h; sexta-feira, às 21h; domingo, às 16h. Bilhetes a €5. Teatro Ibérico, Lisboa. 21 a 23 de junho. Sexta a domingo, às 19h. 

“Popular”

De Sara Inês Gigante | Centro Cultural Vila Flor, Guimarães, 7 de junho

O que é ser uma artista popular? É uma das questões que levanta o espetáculo de Sara Inês Gigante, criadora e atriz que que venceu a 6.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, destinada a projetos de artistas emergentes.

"Popular" é uma criação de Sara Inês Gigante, com interpretação da própria. Foi a vencedora da 6.ª edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, um apoio de criação destinado à produção de espetáculos de jovens artistas e companhias emergentes

Popular é um misto de autobiografia e pesquisa, que mergulha no contraste entre cultura de elite e cultura de massas, desafiando o padrão da cena cultural e do universo popular. “É um espetáculo-desafio que parte da autoficção de que a criadora e intérprete pretende ser uma artista popular”, lê-se na sinopse que anuncia o espetáculo. Mas quem dita quem é popular — e porquê?

Centro Cultural Vila Flor (Pequeno Auditório), Guimarães. 7 de junho. Sexta-feira, às 21h30. Bilhetes a €7,5. Teatro Viriato, Viseu. 14 de junho. Teatro Meridional, Lisboa. 20 a 30 de junho. 

“Blooming”

De Marco Martins | São Luiz Teatro Municipal, Lisboa, 8 a 16 de junho

A nova peça do cineasta e encenador Marco Martins surge no contexto de um projeto europeu que desafia vários criadores a criar a partir de um capítulo de Ulisses, grandioso romance de James Joyce inspirado na Odisseia de Homero. O capítulo atribuído a Lisboa e ao criador português decorre num abrigo.

Marco Martins volta a escolher um elenco não profissional para criar uma peça que parte das experiências dos intérpretes. Para "Blooming", o encenador e realizador trabalhou com um grupo de jovens que vivem em instituições de acolhimento, longe das suas famílias

Em linha com o que têm sido as suas incursões no teatro (Selvagem, Pêndulo), Martins volta a trabalhar com um elenco não-profissional para criar um espetáculo que parte das vivências dos seus intérpretes. Neste caso, trata-se de um grupo de jovens acolhidos no Instituto dos Ferroviários do Barreiro.

O título provisórioYes or Less – É 1:00 da manhã e não quero regressar a casa — é uma pista para a odisseia de 24 horas em que o público acompanha o regresso a casa de Bloom pelas ruas de Dublin.

São Luiz Teatro Municipal, Lisboa. 8 a 16 de junho. Quinta-feira a sábado, às 20h; domingo, às 17h30. Bilhetes a €12.

“Mãe Coragem”

De Bertolt Brecht. Encenação de António Pires | CCB, Lisboa, 8 a 9 de junho

O Teatro do Bairro sopra as velas (20 anos) com aquela que é considerada por muitos como a mais representativa obra do teatro épico de Bertolt Brecht, Mãe Coragem, escrita em 1939 durante o exílio do dramaturgo, fugido da Alemanha nazi nas vésperas do início da II Guerra Mundial.

A "Mãe Coragem", protagonizada por Maria João Luís, é uma vendedora ambulante que, perante um conflito armado e a necessidade de sobreviver, se confronta com escolhas que desafiam o seu sentido ético e moral

A companhia sai do espaço do Bairro Alto para levar ao CCB (que coproduz o espetáculo) este texto que é uma crítica feroz à guerra e ao conformismo. Mãe Coragem, protagonizada por Maria João Luís, é a vendedora ambulante cujas escolhas éticas nos confrontam com a dúvida permanente entre a moral e a necessidade de sobrevivência.

A encenação é de António Pires, que trabalhou a partir da tradução de Brecht de lse Losa e com poemas de José Saramago,

Centro Cultural de Belém (Grande Auditório), Lisboa. 8 a 9 de junho. Sábado e domingo, às 19h. Bilhetes entre €15 e €25.

“Age of Content”

De (La)Horde | Rivoli, Porto, 14 a 15 de junho

Trabalharam nos videoclipes de Sam Smith, nos filmes de Spike Jonze ou na mais recente digressão de Madonna, Celebration Tour. O coletivo (La) Horde, fundado em 2013, tem trilhado um caminho espraiando-se por áreas tão distintas como a dança, a música, passando pelo cinema ou a moda. Uma visão expansiva do que a dança e um bailarino podem ser que os conduziu até ao CCN Ballet National de Marseille, companhia de bailado contemporâneo que lideram desde 2019.

"Age of Content", a nova produção do coletivo (LA) HORDE sobe ao palco do Grande Auditório do Rivoli, no Porto, nos dias 14 e 15 de junho

O coletivo composto por Marine Brutti, Jonathan Debrouwer e Arthur Harel chega finalmente a Portugal com Age of Content, peça que se mostra no Grande Auditório do Rivoli, no Porto, em apenas duas récitas. Esbatem-se as fronteiras entre o que é real e virtual, os gestos do Tiktok e do Instagram tomam o palco. Afinal, os (La)Horde vêem as redes sociais como um grande musical, onde as pessoas dançam, cantam e reproduzem movimentos.

Rivoli (Grande Auditório), Porto. 14 a 15 de junho. Sexta-feira e sábado, às 19h30. Bilhetes a €12.

“Desconfortável – um monólogo”

De Diana Nicolau | Teatro Miguel Franco, Leiria, 22 de junho

Todas As Coisas Maravilhosas, texto do dramaturgo inglês Duncan Macmillan que Ivo Canelas encenou e interpretou durante quatro anos, tornou-se um fenómeno do teatro português. O monólogo Desconfortável, que a atriz Diana Nicolau tem mostrado pelo país, arrisca-se a ser um capítulo segundo de uma fórmula certeira: a partilha da vulnerabilidade navegando na incerteza do que é ficcionado ou não.

Sozinha em palco, a atriz Diana Nicolau confronta o público com todas as coisas "desconfortáveis", num monólogo que tem esgotado várias salas pelo país

Partindo de textos que escreveu nos últimos cinco anos, Diana Nicolau escreveu e encenou um monólogo sobre todas as coisas que nos deixam desconfortáveis. “Desconforto é aquilo que sentimos imediatamente antes de a mudança acontecer”, escreve a atriz na nota de intenções do espetáculo.

Teatro Miguel Franco, Leiria. 22 de junho. Sábado, às 17h30 e às 21h30. Bilhetes a €7,5.

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça até artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.