O movimento “ocupa” da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas pelo “fim ao genocídio e fim ao fóssil” vandalizou, na madrugada desta sexta-feira, a fachada do Ministério dos Negócios Estrangeiros, na freguesia da Estrela, em Lisboa. “Pintámos a fachada e partimos as janelas“, anunciaram os autores do ato através do Instagram.
“Este ministério representa a total cumplicidade do governo português com o genocídio na Palestina. Perante o massacre de milhares, não podemos dar paz a quem o está a permitir e a consentir com um genocídio e o colapso climático”, defende-se na publicação onde são partilhadas várias fotografias do momento em que os jovens vandalizaram o edifício público.
Também foi escrita na fachada a data 8 de junho, dia em que os estudantes convocam toda as pessoas para sair às ruas numa “marcha combativa pelo fim ao genocídio na Palestina agora e fim ao fóssil até 2030 que denuncia a cumplicidade das instituições europeias com o genocídio em curso e a colapso climático”.
Ao Observador, fonte oficial da Unidade de Segurança e Honras de Estado da GNR, responsável pela segurança do edifício em causa, confirma a ocorrência de um ato de vandalismo e informa que já foram tomadas as diligências necessárias em casos como este. Nenhum dos autores do ato de vandalismo foi, até ao momento, identificado. Fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros informa que realizou queixa formal à PSP.
Não é a primeira vez, desde a escalada do conflito israelo-palestiniano, que este ministério é vandalizado. Em fevereiro, ativistas pró-Palestina fizeram o mesmo — partiram vidros e pintaram a frase “Israel mata, Portugal apoia”. Na altura, a GNR disse estar a apurar a responsabilidade criminal dos atos através das câmaras de videovigilância no local.