Um total de 20 novas candidaturas para reabilitar os sistemas de abastecimento de água em nove municípios no Algarve, com um valor de 16,8 milhões de euros, foram nesta terça-feira aprovadas, anunciou a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL).

De acordo com um comunicado da AMAL, que engloba os 16 municípios do distrito de Faro, as candidaturas integram-se na Medida SM1 do Plano de Eficiência Hídrica do Algarve, no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

O objetivo é reduzir as perdas de água no setor urbano, numa região que enfrenta problemas de escassez de água devido à fraca pluviosidade dos últimos anos.

Os processos que “receberam luz verde” para a renovação de troços de condutas com elevados níveis de perdas de água foram apresentados pelos municípios de Albufeira, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Monchique, São Brás Alportel e Silves, lê-se na nota.

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Segundo a AMAL, foram já lançados três avisos e aprovadas 53 candidaturas, a que correspondem 42,1 milhões de euros e 157 empreitadas e aquisição de serviços, através da Medida SM1, onde se integra a requalificação das redes de abastecimento de água, instalação de zonas de medição e controlo e criação de zonas de pressão controlada.

“Na grande maioria dos casos, as obras estão a decorrer”, refere a nota.

A AMAL prevê que até 2026 fiquem reabilitados 125 quilómetros da rede de abastecimento de água em baixa na região, com uma redução de dois hectómetros cúbicos na procura de água nos sistemas naturais (aquíferos).

As candidaturas apresentadas à Medida SM1 são analisadas e aprovadas por uma comissão de gestão formada pela AMAL, Administração da Região Hidrográfica do Algarve (ARH), Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e Universidade do Algarve.

O Plano de Eficiência Hídrica do Algarve é coordenado pela APA, através da ARH, sendo composto por seis medidas: reduzir perdas de água no setor urbano; reduzir perdas de água e aumentar a eficiência no setor agrícola; reforçar a governança dos recursos hídricos; promover a utilização de água residual tratada; aumentar a capacidade disponível e resiliência das albufeiras/sistemas de adução em alta existentes e reforçar com novas origens de água; e promover a dessalinização de água do mar.