“O essencial é invisível aos olhos”, lê-se na legenda da publicação da agência de serviços secretos interna Shin Bet. Esta sexta-feira, a unidade divulgou uma imagem da sala de maquilhagem onde foram caracterizados os agentes que protagonizaram o resgate dos quatro reféns em Nuseirat, no centro de Gaza. Os relatos de vários jornais já davam conta da estratégia utilizada pela unidade das forças especiais, que disfarçaram homens e mulheres para entrar de forma discreta na cidade.

No sábado passado, uma operação israelita levou de volta a casa, em Israel,  Noa Argamani (25), Almog Meir Jan (21), Andrey Kozlov (27) e Shlomi Ziv (40), raptados a 7 de outubro.

“Isto foi o que se passou nos bastidores da ‘Operação Arnon’. É aqui que acontece a magia que permitiu que os nossos combatentes da unidade operacional do Shin Bet, juntamente com os combatentes da IMM, chegassem, surpreendessem e trouxessem Noa, Andrey, Almog e Shlomi para casa”, lê-se na legenda do post do Shin Bet, que prometem continuar a ” fazer tudo até que todos os reféns regressem”.

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Duzentos e quarenta e cinco dias depois, durante “uma difícil operação especial em Nuseirat, os quatro reféns israelitas foram libertados”, indicou o exército israelita em comunicado. Pouco depois, o porta-voz Daniel Hagari dava mais detalhes sobre a operação que chamou de “arriscada“.

O responsável indicou que enquanto tentavam salvar os reféns, as “centenas de militares” envolvidos na operação estavam “sob fogo” constante, disparado pelos operacionais do Hamas. As balas atingiram um dos membros da tropa de elite que executou a operação – ficou ferido com gravidade e foi levado para um hospital para receber tratamento, indicaram as autoridades israelitas.

Uma “missão heróica” preparada ao longo de “várias semanas”. Como o exército de Israel conseguiu salvar os quatro reféns

Esta sexta-feira, um alto responsável do Hamas, Osama Hamdan, admitiu que “ninguém sabe” quantos dos 116 reféns restantes sequestrados a 7 de outubro ainda estão vivos. Hamdan comentou ainda as declarações de um médico que disse que os reféns resgatados no último sábado foram submetidos a constantes abusos físicos e emocionais enquanto estivera em cativeiro.

“Acredito que se eles [os reféns resgatados] têm problemas mentais, é por causa daquilo que Israel fez em Gaza“, afirmou Osama Hamdan, acrescentando que os sequestrados tinham melhor aspeto quando foram retirados de Gaza do que quando foram levados para lá pelo Hamas.