Chegou o dia mais aguardado. O dia pelo qual se esperou ao longo dos últimos nove meses. Depois de semanas intensas com grandes partidas no Campeonato Nacional de hóquei em patins, FC Porto e Benfica começaram a decisão do título de 2023/24, época marcada pelo domínio interno dos dois rivais: os dragões conquistaram a Taça de Portugal, as águias ficaram com a Supertaça e a Elite Cup.

À partida para esta final, os portistas conseguiram garantir o estatuto de melhor classificado, assegurando o tão desejado “fator casa” na negra, em caso de empate a dois ao cabo de quatro jogos. Para tal, o bom início de época, que culminou com a conquista da Taça Continental, revelou-se decisivo para as contas finais da fase regular, decidida até à última. O FC Porto até perdeu na Luz (4-1), mas a goleada em casa (7-1) acabou por ser importante para definir o confronto deste domingo.

Em sentido inverso, a fase regular dos encarnados foi praticamente para esquecer. Com perdas de pontos frente a adversários de menor valia e em jogos em que a vitória era obrigatória, a formação de Nuno Resende recuperou na segunda metade da época e alcançou uma reviravolta notável. De relembrar que, à partida para a última jornada, o Benfica estava no quarto lugar do Campeonato, acabando a fase regular… na segunda posição. É certo que os encarnados beneficiaram das escorregadelas de Sporting e Oliveirense, mas também é certo que a equipa melhorou bastante a partir de março.

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Contudo, o grande revés nos playoffs, onde eliminou o Valongo (2-0) e a Oliveirense (3-2), prendeu-se com a lesão de Lucas Ordóñez até ao fim da época. Em sentido inverso, o FC Porto chegou à final sem baixas, depois de ter batido Riba d’Ave (2-0) e Sporting (3-2).

Com o regressado Pedro Henriques (guarda-redes) sentado no banco de suplentes, o campeão nacional entrou melhor na partida e, através de uma jogada individual de Nil Roca, inaugurou o marcador (11’), sob o olhar de André Villas-Boas, Pinto da Costa e Paulo Freitas, selecionador nacional, nas bancadas.

Apesar do histórico no Dragão Arena estar longe de ser favorável para o Benfica, a equipa de Nuno Resende continuou mais perigosa, mas não conseguiu aumentar a vantagem… e sofreu, com Carlo Di Benedetto a aproveitar uma transição ofensiva (21′). Contudo, o empate durou apenas 23 segundos, já que Roberto, irmão do jogador azul e branco, fez o segundo a passe de Carlos Nicolía. O marcador não voltou a mexer nos primeiros 25 minutos e o Benfica regressou ao balneário em vantagem.

Na etapa complementar a toada acabou por inverter-se, com os dragões a aparecerem mais perigosos em busca do golo do empate, e a tentar manter salvaguardado o “fator casa”. A equipa de Ricardo Ares até conseguiu colocar dificuldades ao Benfica na sua fase de construção, mas as oportunidades junto à baliza de Bernardo Mendes foram escassas. Porém, a sete minutos do fim, Gonçalo Alves conseguiu empatar, com um remate de meia distância que contou com um desvio em Roberto Di Benedetto.

Com a partida relançado, o FC Porto continuou a superiorizar-se ao Benfica e, nos últimos minutos do tempo regulamentar, Ezequiel Mena apareceu isolado mas, perante Bernardo Mendes, atirou ao lado, desperdiçando a derradeira oportunidade. O empate não foi desfeito e a decisão do jogo 1 da final seguiu para o prolongamento.

No tempo extra, Nil Roca entrou com tudo e acertou em cheio na trave da baliza de Xavi Malián. Contudo, no minuto seguinte, as águias voltaram ao comando do marcador, com Pablo Álvarez a faturar depois de uma bela jogada de Di Benedetto. A fechar a primeira parte, Roberto Di Benedetto assumiu a cobrança de um livre direto, acertou no ferro, mas a bola desviou caprichosamente em Bernardo Mendes e deu em golo.

Nos derradeiros cinco minutos da partida, o FC Porto completou nova reviravolta, com Gonçalo Alves a desferir um grande passe para Rafa Costa que, com um remate forte, colocou a bola no fundo da baliza lisboeta. Em desvantagem, o Benfica apostou tudo no último minuto, tirando Bernardo Mendes da baliza, mas quem aproveitou foi o emblema portista que, com novo golo do internacional português, garantiu a vitória (5-3) e adiantou-se na final. O próximo jogo acontece na quarta-feira, no Pavilhão da Luz.